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Casos aumentam, mas diminuem atendimentos por dengue, em Ivoti
SITUAÇÃO OCORRE POR DEMORA DO ESTADO EM ANALISAR EXAMES
GUILHERME SPERAFICO
Ivoti – Nos últimos meses, o município tem ficado em estado de alerta por conta do alto número de casos de dengue. Até o início da tarde de ontem, ao menos 563 moradores haviam positivado para a doença em 2023. Outras 166 pessoas aguardam o resultado de exames, com quadros suspeitos.
Em 4 de abril, tinham sido contabilizados 116 casos de dengue. De lá para cá, passaram-se pouco mais de 30 dias, porém os números aumentaram quase cinco vezes. Entre os municípios gaúchos, Ivoti é o quinto com maior número de casos. Entretanto, os pacientes que buscam o pronto atendimento com sintomas diminuíram nas últimas semanas, em decorrência das condições climáticas desfavoráveis para a proliferação do mosquito.
Com a queda no número de suspeitas, diminuíram, também, a quantidade de coletas. Os exames já registrados apresentam certa demora para serem analisados pela Secretaria de Saúde do Estado e, por isso, apresentam certa defasagem.
FISCALIZAÇÕES
Em termos de ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti, de acordo com a Vigilância em Saúde, o setor tem realizado um trabalho intenso de vistorias e orientações aos moradores. No bairro Jardim Bühler, o mais afetado pela doença, um dos alvos de fiscalização foi o estacionamento de uma empresa.
No local, de acordo com relatos de moradores, marmitas eram descartadas por caminhoneiros eram descartadas incorretamente e acabavam acumulando água. “Fomos até lá faz há umas duas semanas. Tinha bastante lixo, mas prometeram que iam limpar e colocar lixeiras”, explica o coordenador da Vigilância em Saúde, Rodrigo Schallenberger.
No início da tarde de ontem, a reportagem do Diário esteve no local e constatou que as lixeiras foram instaladas, porém, ainda assim, alguns dos usuários continuam descartando lixo incorretamente. Foram flagrados resíduos plásticos como potes e garrafas pet, e até um pneu, entre outros materiais.