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Casos de intoxicação por metanol no RS; veja o que se sabe
O Rio Grande do Sul registrou dois casos suspeitos de intoxicação por metanol, conforme informou o Ministério da Saúde neste sábado (4). As ocorrências foram notificadas em Porto Alegre e Santa Maria.
No entanto, segundo comunicado conjunto da Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS) e da Secretaria Municipal de Saúde da capital, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) recebeu duas notificações relacionadas ao tema, mas uma delas foi descartada após avaliação preliminar. Assim, apenas um caso segue em investigação no Estado.
O paciente em análise é um homem de 38 anos, morador de Porto Alegre, que relatou ter ingerido bebida alcoólica possivelmente vinda de São Paulo. Ele está internado no Hospital de Pronto Socorro da capital, com alta prevista ainda na noite de sábado. Amostras de sangue foram coletadas e estão sendo analisadas para confirmar ou descartar a presença de metanol no organismo.
De acordo com o Ministério da Saúde, o número total de notificações de intoxicação por metanol após ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas subiu para 195 em todo o país, incluindo 14 casos confirmados e 181 em investigação. A maioria foi registrada em São Paulo — onde há duas mortes confirmadas.
O metanol é um tipo de álcool usado na indústria, em solventes e produtos químicos. A substância é altamente tóxica quando ingerida, podendo causar cegueira, coma e até morte. Atua inicialmente no fígado, que o transforma em compostos que danificam a medula, o cérebro e o nervo óptico, além de provocar insuficiência pulmonar e renal em casos graves.
Comitê intersecretarial
Na sexta-feira (3), o governo do Rio Grande do Sul anunciou a criação de um comitê intersecretarial para acompanhar possíveis ocorrências de bebidas contaminadas com metanol no Estado.
A medida foi determinada pelo governador Eduardo Leite e envolve as secretarias da Saúde, Segurança Pública e Agricultura. O grupo conta ainda com o apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), do Cevs, da Polícia Civil, da Brigada Militar e do Instituto-Geral de Perícias (IGP).
A Polícia Civil e os órgãos de vigilância seguem atentos a novas notificações relacionadas à possível contaminação de bebidas alcoólicas.
