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Conheça o trabalho dos “guris do galpão” do Natal dos Anjos em Dois Irmãos
Por Giordanna Benkenstein Vallejos
Dois Irmãos – As luzes e as decorações do Natal dos Anjos são um destaque no Estado e atraem centenas de turistas. Mas elas trazem algo ainda mais essencial, que é a magia e a esperança do Natal para a cidade. Ao admirar pinheiro com sua altura e as decorações que iluminam as ruas, é possível tentar imaginar quem construiu cada detalhe, com tanto zelo.
DUENDES DOS CONTOS JUVENIS
O Natal dos Anjos é feito por diversas mãos, que muitas vezes podem passar despercebidas. Uma parte essencial da data festiva são os “guris do galpão”. Eles são funcionários da Prefeitura que se dedicam apenas para o Natal, do início ao fim do ano. Eles, assim como os duendes dos contos juvenis, auxiliam para que todas as decorações estejam prontas para encantar os olhos de quem as vê. “Acredito que as pessoas olham e sentem a mesma coisa que eu sinto quando trago a minha família para ver. Depois de toda a correria é uma alegria”, disse Anderson Luis de Lima, que trabalha há quatro anos no Natal.
Anos de experiência
Neste ano, são sete “guris do galpão”. Alguns deles já tem mais de uma década de experiência na arte de decorar uma cidade inteira para o Natal. Ano após ano, eles encerram a festa recolhendo os enfeites, avaliando os materiais, desmontando e reparando tudo que é necessário. Depois disso, quando o projeto da artista plástica Ana Gehler Kuhn chega, eles planejam juntos o que precisa ser feito e executam as atividades, dando vida as ideias de Ana que estavam no papel.
“Eu faço de tudo aqui, como montagem e colocação dos enfeites. Para mim esse é um dos melhores setores, a equipe é boa. Ficamos em função do Natal o ano todo. Recolhemos os enfeites, avaliamos, desmontamos, soldamos o que está estragado e pintamos. Quando vem o projeto já começa a ser feito tudo novamente. Para mim o Natal significa bastante trabalho”.
“Estou aqui fazem 14 anos, entre idas e vindas. Comecei no tempo que o natal era montado na garagem. Quando eu comecei, a Prefeitura fazia uma pequena parte e os voluntários faziam mais. Agora está tudo diferente, o Natal se expandiu, naquela época eram três pessoas e agora somos sete. Para mim o Natal é uma época de renascimento, porém de muito trabalho”.
“Estou há 11 anos trabalhando com o Natal. Por ser um dos mais antigos, fico de referência e ajudo os colegas em processos de montagem e principalmente de logística. O natal, na minha visão, além de bastante trabalho é uma época de família. Também é o momento de ver o nosso trabalho na rua, cria um clima que faz as pessoas quererem sair, aproveitar”
“Estou há uns oito anos trabalhando aqui. Gosto no final quando tudo está montado, posso ver a alegria no rosto das crianças. Isso faz a diferença, dá um ânimo. De todos os serviços que fazemos, acredito que a parte da árvore é mais trabalhosa, porque existem muitos detalhes e tem a questão da altura. O Natal para mim é alegria, amor, família e também muito trabalho”
“Quando um operário da prefeitura demonstra que tem mais paciência, que tem um dom para a coisa, eles convidam para se juntar à equipe do natal. Estou a mais ou menos 11 anos trabalhando com isso, e para mim é um serviço bem artesanal, tem que realmente ter um dom. O serviço mais braçal é o da árvore e dentro do galpão é o maior trabalho, com mais detalhes. O natal para mim significa esperança de um mundo melhor, renova as esperanças quando chega, as pessoas mudam, ficam mais sensíveis”
49 dias de atrações
O evento inicia no dia 18 de novembro e segue ao longo de 49 dias no Largo Felipe Sobrinho, na Praça do Imigrante e no Parque Romeo Benício Wolf. Serão diversas atrações gratuitas para todos os públicos.