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Diário Rural: Morador de Lindolfo Collor ensina sobre a rotina das abelhas sem ferrão

22/11/2024 - 11h24min

Liandro Falcard começou a criar as abelhas sem ferrão por hobby   (Crédito: Cândido Nascimento)

Existem 24 espécies de abelhas sem ferrão no RS e cerca de 300 no Brasil e 400 no mundo

Por
Cândido Nascimento

Lindolfo Collor – Liandro Falcard é morador da 48 Baixa e começou a criar as abelhas sem ferrão por hobby, mas já tem cerca de 100 caixas ou colméias junto à sua casa, sendo mais de uma dezena de diferentes espécies, e está coma sua atividade de meliponicultura em fase de registro.
Ele tem as abelhas conhecidas por tubuna, guaraipo, canudo, mandaçaia, jatai, mirim (guaçú, droryana, preguiça e negriceps, entre outras). No início da semana, acompanhou o produtor de mel de Ivoti, Claudio Neis, e Evald Gossler, no 1º Seminário Municipal estudantil de Abelhas Sem ferrão, no Centro de Educação em Agroecologia Jacob Klein, na 48 baixa, onde os estudantes aprenderam sobre as pequenas trabalhadoras.

IMPORTANTES PARA A POLINIZAÇÃO

“As abelhas são fundamentais, pois todas elas têm a sua importância para a poli nização, desde a menorzinha (do Paraná) até a maior de todas, que é a mamangava, que é uma abelha solitária. Mas, quem produz maracujá, sabe que vai precisar do auxílio da mamangava para polinizar a planta e obter o fruto”, explica Liandro. No Rio Grande do sul, a menor é a mirim preguiça, que é útil na polinização das plantas que vão produzir abacate, manga e morangos, por exemplo. Segundo ele, para que se tenha o fruto perfeito a planta deve ser polinizada.
Ele passou a se interessar há cerca de 15 anos, quando participou da Feira do Mel, Rosca e Nata, em Ivoti, onde conheceu o meliponicultor Evald Gossler, que hoje é seu inspirador no trabalho com as pequenas abelhas, pelo seu amplo conhecimento no assunto. A partir dali Liandro começou a fazer pesquisas na internet, para aprender cada vez mais.

A VIDA NO PLANETA

No começo, ele possuía apenas uma ou duas espécies, que foram aumentando no decorrer dos anos. “Eu me apaixonei por elas (abelhas jataí) e fui ampliando as espécies no meu meliponário, até chegar ao que tenho hoje e conhecendo a importância da existência delas para a preservação da natureza. Se não existirem mais abelhas no planeta, a gente não vai sobreviver”, destaca o meliponicultor. Um detalhe importante é que mais de 85% do que a humanidade consome de alimentos passa pelo trabalho das abelhas em geral.
Segundo Liandro, o pai Ivo Falcard trabalhava na área agrícola em Três Passos, mas veio para Ivoti em busca de novas oportunidades de trabalho, junto com a esposa Alzira. O produtor destaca que é importante preservar todas as espécies de abelhas, das menores às maiores, com ou sem ferrão, pelo trabalho que prestam à humanidade. Ele lamenta que o uso indiscriminado de agrotóxico acaba matando muitas abelhas, e que deveria haver um cuidado maior no uso desses produtos.
Concluindo, ele observa que as abelhas não existirem mais e as flores não realizarem a sua função de polinizar não haverá o fruto que vem na sequência da polinização, e nem as sementes que vão gerar novos frutos e que são espalhadas pelas aves que ingerem os frutos. “O agrotóxico se torna o principal inimigo das abelhas, quando é usado de forma indiscriminada, pois acaba matando esses importantes insetos”, conclui.

 

 

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