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EUA enviam navios de guerra à costa da Venezuela

Três destróieres da Marinha dos Estados Unidos foram deslocados para o sul do Caribe, próximos à costa da Venezuela, em uma movimentação militar que reacende tensões na região. A informação foi divulgada pelas agências Reuters e Associated Press nesta semana.
Segundo as publicações, os navios — USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson — pertencem à classe Arleigh Burke e estão equipados com o sistema de combate Aegis, considerado um dos mais avançados do mundo. Mais de 4 mil militares americanos também devem ser posicionados na operação.
A manobra teria começado na segunda-feira (18) e deve durar cerca de 36 horas. A localização exata das embarcações não foi confirmada.
A porta-voz do governo Donald Trump, Karoline Leavitt, afirmou que os EUA utilizarão “toda a força” contra o regime de Nicolás Maduro, que já foi formalmente acusado de narcoterrorismo durante o primeiro mandato de Trump. Washington alega que organizações ligadas ao governo venezuelano atuam no tráfico de drogas da América do Sul para os Estados Unidos, classificadas como organizações terroristas.
As características dos navios
Os três destróieres enviados à região foram projetados para atuar em diferentes frentes, desde ataques a aeronaves e submarinos até alvos em terra. Cada embarcação conta com sistemas de proteção contra armas químicas, biológicas e nucleares.
- Sistema Aegis: o coração da classe Arleigh Burke, utiliza radares e computadores avançados para monitorar e atacar alvos. O radar AN/SPY-1 consegue acompanhar mais de 100 ameaças simultâneas em um raio de cerca de 190 km.
- Lançamento de mísseis: os navios são equipados com lançadores verticais capazes de disparar mísseis Tomahawk de longo alcance.
- Hangar e helicópteros: cada destróier possui dois hangares para operar helicópteros MH-60 Seahawk e drones. Essas aeronaves podem ampliar a atuação dos navios, permitindo desde transporte de suprimentos até missões de busca e resgate.
Contexto político
A movimentação militar ocorre em um momento de intensificação do discurso de Washington contra Maduro. A presença dos destróieres reforça a estratégia americana de pressionar o regime venezuelano e de reforçar sua atuação contra o tráfico internacional de drogas.
Ainda não há informações sobre por quanto tempo as embarcações permanecerão próximas à Venezuela.