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Incêndio na boate Kiss completa oito anos e ainda gera revolta nos familiares

27/01/2021 - 13h17min

Atualizada em 27/01/2021 - 13h33min

Brasil – Oito anos se passaram do incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Na fachada foi grafitado “Kiss, oito anos de impunidade”. Isto porque quase uma década depois, os quatro réus do caso ainda aguardam o júri popular. O fato é que ainda não tem uma data definitiva para acontecer, a previsão é que ocorra no segundo semestre deste ano.

Cerca de dois meses após a tragédia, pais e familiares das vítimas criaram a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria. O presidente Flávio Silva disse a Agência Brasil: “Essa situação é muito injusta. São oito anos de sofrimento e dor e, durante esses anos, a gente perdeu muitos familiares, pais de vítimas, que tiveram outras doenças, agravadas pela dor da perda, e acabaram morrendo”.

Todos os anos a data é marcada por homenagens às vítimas. Neste ano, devido à pandemia, a homenagem será virtual. Na noite desta quarta-feira, 27, às 20h30, será transmitida uma live, mediada pelo jornalista Marcelo Canellas, com a participação dos atores Tony Ramos, Christiane Torloni, Dira Paes, a autora de teledramaturgia Glória Perez, a mãe de uma das vítimas da tragédia, Ligiane Righi, e o jurista Jair Krischke, presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos do Rio Grande do Sul.

Mais cedo, por volta das 2h30 da madrugada, uma sirene do Corpo de Bombeiros tocou no município para lembrar o exato momento em que o incêndio começou, também como forma de homenagear os mortos.

Relembre o caso

O dia 27 de janeiro de 2013 ficou marcado de forma triste não só na região, mas internacionalmente. Um incêndio de grandes proporções matou 242 jovens e deixou 680 feridos, a maioria universitários. Por volta das 2h30, um integrante da banda Gurizada Fandangueira, acendeu um sinalizador de uso externo, as faíscas do artefato incendiaram a espuma que fazia o isolamento acústico do local. A queima da espuma liberou gases tóxicos, como o cianeto, que é letal, foi essa fumaça que matou os jovens. A casa noturna não contava com saídas de emergências, o que acabou piorando a saída dos universitários.

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