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Irã anuncia fim da “guerra de 12 dias” com Israel
Nesta terça-feira, 24, o presidente iraniano Masoud Pezeshkian anunciou oficialmente o fim dos confrontos com Israel, descritos pelo regime como uma “guerra de aventurismo” imposta por Tel Aviv.
Linha do tempo do conflito (13–24 de junho)
- 13 de junho: Israel inicia ataques aéreos a instalações nucleares iranianas em locais como Fordow, Natanz e Esfahan.
- Entre os dias 13 e 23 de junho: o Irã responde com lançamentos de mísseis e drones contra Israel, incluindo alvo na base aérea de Al Udeid, no Catar.
- 23 de junho: Trump anuncia via rede social um cessar-fogo imediato, definindo-o como “completo e total”, com implementação gradual ao longo de 24 horas.
- 24 de junho: o cessar-fogo entra em vigor definitivamente. Ministros e governos de ambas as partes confirmam a trégua, embora primeiros relatos indiquem violações esporádicas.
O papel dos EUA, Trump e Catar
- O processo foi mediado pelos EUA e pelo Catar, com canais discretos de negociação entre Trump, Netanyahu e líderes do Catar.
- Trump usou o cessar-fogo como um feito diplomático, destacando sua “Arte do Acordo” como central para a resolução.
Impactos globais imediatos
- Os mercados reagiram positivamente: os preços do petróleo caíram e os índices de ações globais subiram com a redução da tensão.
- Apesar das declarações de trégua, houve relatos de ataques residuais — Israel derrubou lançadores de mísseis, e o Irã lançou drones no início da trégua.
O que significa esse cessar-fogo?
- De-escalação imediata: encerra uma das maiores escaladas entre Irã e Israel em décadas, com cerca de 12 dias de combates intensos.
- Vitória simbólica para o Irã: Pezeshkian celebra a “resistência heroica” nacional e define a trégua como resultado de sua estratégia.
- Diplomacia Trumpiana em evidência: o presidente dos EUA reivindica a mediação como demonstração de capacidade diplomática — um ativo importante para seu cenário político.
- Continua ameaça nuclear: Israel afirma ter prejudicado o programa nuclear iraniano, mas especialistas observam que o plano pode ter sido apenas parcialmente afetado.
- Cenário instável: violações iniciais indicam que a trégua é frágil, com risco de retomada rápida das hostilidades caso uma das partes volte a atacar.
O que vem por aí?
- Monitoramento contínuo: forças militares israelenses mantêm prontidão para responder a eventuais violações.
- Pressões diplomáticas: EUA, Catar, ONU e UE pressionam por suspensão nuclear e abertura de canais humanitários.
- Situação em Gaza: líderes israelenses enfrentam crescente pressão interna para redirecionar esforços militares contra o Hamas após a trégua.
- Incógnitas no médio prazo sobre o programa nuclear iraniano: especialistas esperam negociações ampliadas após o pico de tensão atual.
✍️ Resumo
Após 12 dias de ataques e contra‑ataques aéreos entre Irã e Israel, o cessar‑fogo declarado em 24 de junho de 2025, mediado pelos EUA (sob influência de Trump) e pelo Catar, traz alívio temporário. Ainda que o momento seja celebrado por ambas as nações, o cenário permanece delicado — com mercados reagindo favoravelmente, mas sem garantias concretas de paz duradoura ou controle irreversível do programa nuclear iraniano.
