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Irã anuncia fim da “guerra de 12 dias” com Israel

24/06/2025 - 16h58min

Atualizada em 24/06/2025 - 17h03min

Masoud Pezeshkian (Foto: Reuters)

Nesta terça-feira, 24, o presidente iraniano Masoud Pezeshkian anunciou oficialmente o fim dos confrontos com Israel, descritos pelo regime como uma “guerra de aventurismo” imposta por Tel Aviv.

Linha do tempo do conflito (13–24 de junho)

  • 13 de junho: Israel inicia ataques aéreos a instalações nucleares iranianas em locais como Fordow, Natanz e Esfahan.
  • Entre os dias 13 e 23 de junho: o Irã responde com lançamentos de mísseis e drones contra Israel, incluindo alvo na base aérea de Al Udeid, no Catar.
  • 23 de junho: Trump anuncia via rede social um cessar-fogo imediato, definindo-o como “completo e total”, com implementação gradual ao longo de 24 horas.
  • 24 de junho: o cessar-fogo entra em vigor definitivamente. Ministros e governos de ambas as partes confirmam a trégua, embora primeiros relatos indiquem violações esporádicas.

O papel dos EUA, Trump e Catar

  • O processo foi mediado pelos EUA e pelo Catar, com canais discretos de negociação entre Trump, Netanyahu e líderes do Catar.
  • Trump usou o cessar-fogo como um feito diplomático, destacando sua “Arte do Acordo” como central para a resolução.

Impactos globais imediatos

  • Os mercados reagiram positivamente: os preços do petróleo caíram e os índices de ações globais subiram com a redução da tensão.
  • Apesar das declarações de trégua, houve relatos de ataques residuais — Israel derrubou lançadores de mísseis, e o Irã lançou drones no início da trégua.

O que significa esse cessar-fogo?

  1. De-escalação imediata: encerra uma das maiores escaladas entre Irã e Israel em décadas, com cerca de 12 dias de combates intensos.
  2. Vitória simbólica para o Irã: Pezeshkian celebra a “resistência heroica” nacional e define a trégua como resultado de sua estratégia.
  3. Diplomacia Trumpiana em evidência: o presidente dos EUA reivindica a mediação como demonstração de capacidade diplomática — um ativo importante para seu cenário político.
  4. Continua ameaça nuclear: Israel afirma ter prejudicado o programa nuclear iraniano, mas especialistas observam que o plano pode ter sido apenas parcialmente afetado.
  5. Cenário instável: violações iniciais indicam que a trégua é frágil, com risco de retomada rápida das hostilidades caso uma das partes volte a atacar.

O que vem por aí?

  • Monitoramento contínuo: forças militares israelenses mantêm prontidão para responder a eventuais violações.
  • Pressões diplomáticas: EUA, Catar, ONU e UE pressionam por suspensão nuclear e abertura de canais humanitários.
  • Situação em Gaza: líderes israelenses enfrentam crescente pressão interna para redirecionar esforços militares contra o Hamas após a trégua.
  • Incógnitas no médio prazo sobre o programa nuclear iraniano: especialistas esperam negociações ampliadas após o pico de tensão atual.

✍️ Resumo

Após 12 dias de ataques e contra‑ataques aéreos entre Irã e Israel, o cessar‑fogo declarado em 24 de junho de 2025, mediado pelos EUA (sob influência de Trump) e pelo Catar, traz alívio temporário. Ainda que o momento seja celebrado por ambas as nações, o cenário permanece delicado — com mercados reagindo favoravelmente, mas sem garantias concretas de paz duradoura ou controle irreversível do programa nuclear iraniano.

 

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