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Mais de 10 km de pavimentação em parceria com os moradores em Santa Maria do Herval

15/11/2022 - 13h27min

Prefeita Mara e vice Gilnei vistoriando o andamento de obra em Padre Eterno Baixo (FOTO: Cleiton Zimer)

Por Cleiton Zimer 

Santa Maria do Herval – Enquanto muito se fala e se aguarda pelo asfalto até Gramado – que está em andamento –, dentro do Município também há um projeto inovador transformando a qualidade de vida dos moradores, além de, a longo prazo, trazer impactos positivos na questão econômica: a pavimentação comunitária iniciou em meados de 2020 e, de lá para cá – junto aos recursos federais –, já foram concluídas 45 ruas em diferentes localidades, totalizando mais de 10 quilômetros de estrada que, antes, eram de pó, lama e difícil locomoção.

A execução também é possível ante o apoio dos parlamentares que, além de aprovarem projetos deste cunho na Câmara de Vereadores, são os responsáveis por conseguir emendas históricas junto aos seus representantes nas esferas estaduais e federais. Destas 45 estradas, cerca de 18 são de contribuição de melhoria.

PREFEITURA ARCA COM 70% DA OBRA

De acordo com a prefeita Mara Stoffel (PDT), o primeiro ponto positivo é poder proporcionar uma melhor qualidade de vida para os moradores – tirando-os do pó, principalmente. “Dentro da Administração, cada rua calçada é um custo que se aplica no momento, mas, no futuro, é muito benéfico. Claro, vai acontecer de ter que fazer uma e outra manutenção, mas apenas detalhes.”

Mara explica que, na pavimentação comunitária, a Prefeitura arca entre 60% e 70% do custo total da obra. O valor é oriundo do Recurso Livre.

FUNCIONANDO COMO UM RELÓGIO

O projeto é gigante e envolve muitos profissionais. Todas as ações precisam andar em consonância o tempo todo. Sempre é preciso que haja pedras disponíveis na pedreira. A Prefeitura, com sua equipe, deve estar adiantada no processo de preparação da cancha para que os profissionais calceteiros possam terminar uma rua e, assim, já começar outra.

O vice-prefeito e secretário de Obras, Gilnei Capeletti (MDB) – encarregado por todos os processos, explica que há uma equipe contratada na pedreira que quebra as pedras irregulares. A Administração oferece todo o serviço de maquinário para o alargamento, aterro, levar saibro, pedras, faz a colocação da tubulação e, também, se tiver eventual detonação. Além disso estão substituindo os canos da rede de água, que são antigos, por maiores e mais resistentes. Depois, ainda, faz as tampas das bocas de lobo e aterramento das calçadas.

Aos moradores cabe a responsabilidade de pagar pela mão de obra para a colocação das pedras – que é de uma equipe contratada e que está trabalhando somente para este projeto. Também arcam com os meios-fios e sua colocação, e pagam pela tubulação. Compram cimento, pedras e areia para fazer as bocas de lobo – e arcam com a respectiva mão de obra.

COMUM ACORDO

Mas o primeiro desafio passa pelos moradores. A execução só é possível se tiver um comum acordo. Todos precisam concordar, sem exceção – confiando na palavra um do outro.

Mas a adesão é tamanha que, de todas as ruas feitas até agora, somente uma não teve acordo. “É gratificante sentar e conversar com eles,” disse a prefeita.

SEM PARAR

Não tem como dizer quantas ruas ainda serão feitas pois depende de muitos fatores, dentre eles os climáticos. No entanto, Mara e Gilnei garantem que seguirão com o projeto de forma contínua até o final do mandato.

POR QUE PEDRA IRREGULAR? 

A pavimentação comunitária está sendo feita com pedras irregulares pois impacta diretamente no custo da obra. “Já é uma dificuldade conseguir convencer todos os moradores a participar desta modalidade e, em bloquetos, o custo dobra” afirma Gilnei.

DE POUCO EM POUCO

Assim, de metro em metro, o Município está diminuindo seus 600 quilômetros de estrada de chão que precisam de constante manutenção de retros, patrolas – sempre com poeira, lama, buracos e trechos “apertados” – terminando numa ponta e tendo que recomeçar na outra.

Além de propriamente melhorar a trafegabilidade, o projeto também fomenta a economia local, afinal, boa parte do material para as obras é adquirido de comércios locais, assim como a contratação de fretes de caminhões e muito mais. É uma roda que gira para todos, principalmente, para o futuro.

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