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Marcel van Hattem declara apoio à reeleição de Jair Bolsonaro

03/10/2022 - 18h21min

Atualizada em 03/10/2022 - 18h42min

Deputado federal Marcel van Hattem foi reeleito e é o mais votado da região (FOTO: Cleiton Zimer)

Por Cleiton Zimer

Dois Irmãos / Região / Estado – Marcel van Hattem foi reeleito deputado federal pelo NOVO, sendo o mais votado nos municípios da região e o segundo de todo o Estado. No total, somou 256.913 votos (4,17%), atrás do Tenente Coronel Zucco (Republicanos) que ficou com 259.023 (4,20%). Em 2018 Marcel havia sido o mais votado em todo o Rio Grande do Sul, na época, com 349.855 – enquanto o Onyx Lorenzoni (DEM) ficou em segundo com 183.518.

“DIGO O QUE PENSO”


Estou muito feliz. O trabalho que a gente teve foi incansável, os desafios, críticas – algumas construtivas e outras ofensivas –, coisas da política; conseguir superar tudo isso e fazer uma votação tão expressiva e, aqui na região, ser o mais votado em vários municípios, faz o trabalho todo valer a pena”, disse, na tarde desta segunda-feira, 3, em visita ao Diário na sucursal de Dois Irmãos.

Questionado quanto ao que acredita ter gerado sua reeleição, o deputado pontuou o que defende ser seu senso de justiça através das suas manifestações. “Sou muito transparente, não mudo de opinião ao sabor do vento. Digo o que penso e fundamento isso”, disse, destacando as pautas que defende, dentre elas as reformas no país: “Mais espaço para quem trabalha, empreende, menos burocracia, menos demagogia na política”.


Sobre Lula: “Deveria estar cumprindo pena na cadeia”

Marcel destaca que, nos próximos quatro anos, adotará a mesma postura ante aos mesmos projetos. Porém, frisou que muita coisa dependerá de quem for eleito presidente da República. “Por isso, para mim, é tão importante, agora no segundo turno, defender a candidatura de Jair Bolsonaro. Sou independente, vou permanecer independente, mas eu não posso abrir mão de defender um candidato que está indo contra o Lula”.

O deputado disse que o petista não poderia sequer estar concorrendo. “Deveria estar cumprindo pena na cadeia. Ele é um condenado que teve as penas anuladas por uma tecnicalidade inventada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para ele poder concorrer”.

Afirmou que possui discordâncias com Bolsonaro em alguns quesitos mas que com Lula isso ocorre na totalidade. “Então não é difícil escolher de que lado vou estar”.

Onyx ou Leite?

Já a nível estadual o deputado disse que ainda está avaliando sua posição. Frisou que não tem a intenção de votar em Eduardo Leite (PSDB), mas que ao mesmo tempo possui divergências com Onyx Lorenzoni (PL) “e eu quero ver se a gente consegue superar elas antes da votação efetiva no segundo turno para eventualmente abrir apoio. Mas não há nada previsto”.

Entre as discordâncias com Onyx, Marcel cita o regime de recuperação fiscal, por exemplo, ao qual ele e o candidato ao Estado divergem em alguns pontos.

O deputado caracteriza como vantajoso o cenário gaúcho com fato do PT não estar na disputa. “Então não é uma escolha tão óbvia como acontece na eleição nacional”.


Principal bandeira: sem uso de recurso público para campanha

 

Uma das principais bandeiras, tanto da sua primeira candidatura à federal como agora, foi a realização da campanha sem o uso de dinheiro público (leia-se Fundão Eleitoral). Para tanto dependeu de doações.

Questionado quanto ao que acredita motivar as pessoas nesta contribuição, frisou a vontade da população em fazer parte de um projeto maior. “Quero deixar meu agradecimento especial a todos os apoiadores. Acho que as pessoas veem a desigualdade nas “armas”: têm gente usando 2/3 milhões de fundão e candidatos com muitos menos recursos para campanha”.


Baque para o NOVO na bancada federal

Quanto aos demais parlamentares eleitos, Marcel diz que bons nomes estarão representando o Estado. “Tenho um amigo pessoal, que é o Mauricio Marcon da Serra. Fez excelente votação pelo Podemos. Esperamos que possa exercer um bom mandato, foi um bom vereador em Caxias do Sul. Era do NOVO, inclusive”.

O deputado caracterizou como ‘grande’ a perda do NOVO na bancada federal nestas eleições: haviam oito e diminuiu para três. Ressaltou que será necessário uma reconstrução junto ao governador Romeu Zema – reeleito em Minas Gerais no 1º turno com 56,18%.

AGRADECIMENTO


Marcel finaliza agradecendo todos os votos recebidos. “Estou pronto para recomeçar. O novo mandato só começa em fevereiro, mas já estou indo para Brasília para dar continuidade ao trabalho”.

Marcel conta que, no início da sua carreira política, nunca imaginou estar entre os mais votados na corrida para deputado federal. “É incrível o apoio da minha cidade, do Estado. 256 mil é muita gente votando”


E o futuro, o que reserva?


O deputado disse que, dentro do Partido NOVO, há um consenso de ir somente uma vez à reeleição. Por este viés, não concorreria a deputado federal nas próximas eleições. “Então, não tenho previsão ainda. Agora é trabalhar, descansar um pouco, e começar a traçar o planejamento para os próximos quatro anos”.

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