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Morador de Porto Alegre é indiciado pela Polícia Federal por planejar ataque terrorista

A Polícia Federal (PF) concluiu a investigação da Operação Mujahidin e encaminhou à Justiça Federal o relatório final do inquérito que apura crimes de terrorismo e racismo. A operação foi realizada em parceria com a Brigada Militar e a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) para investigar um indivíduo suspeito de planejar e promover atos terroristas.
A investigação iniciou-se após a identificação de um perfil em rede social que promovia grupos e líderes ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico. Além disso, o usuário publicava conteúdos preconceituosos e de incitação ao ódio religioso, com foco na comunidade judaica.
Durante o inquérito, a PF constatou que o suspeito mantinha contato com extremistas no exterior e demonstrava interesse em se unir a organizações terroristas. Também foram identificadas pesquisas sobre a realização de atentados, fabricação de explosivos e vestimentas adequadas para ações terroristas.
Na operação, a PF apreendeu uma grande quantidade de armas brancas, como facas e machadinhas, além de simulacros de armas de fogo, armas de pressão, armas de airsoft, soqueiras, bastões e porretes. Também foram encontrados colete balístico, munições, material incendiário e gás de pimenta. Entre os itens apreendidos, havia ainda bandeiras, camisetas, flâmulas, vídeos, livros e revistas vinculados a grupos terroristas, além de materiais que promovem a supremacia branca, o nazismo e a incitação ao extermínio do povo judeu.
O indiciado poderá responder por crimes previstos na Lei Antiterrorismo (Lei 13.260/2016) e na legislação que combate o racismo e a disseminação de ódio no país. O caso agora segue para apreciação da Justiça Federal.