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Operação da Receita e Polícia Federal combate contrabando, cigarros falsificados e trabalho escravo

19/10/2021 - 11h18min

Atualizada em 19/10/2021 - 21h19min

Estima-se que a fábrica clandestina produziria 10 milhões de maços de cigarros por mês, com faturamento mensal de R$ 50 milhões

 

Porto Alegre – A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram, nesta terça-feira, dia 19, a Operação Tavares, para desarticular organização criminosa dedicada ao contrabando e à produção clandestina de cigarros. A investigação apura, ainda, os crimes de redução à condição análoga a de escravo, contra o meio ambiente e corrupção de menores.

Na ação, são cumpridos 40 mandados de prisão e 56 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, e executadas ordens judiciais para sequestro e arresto de 56 veículos, 13 imóveis e valores em contas vinculadas a 23 pessoas físicas e jurídicas, até o valor de R$ 600 milhões. Participam da Operação Tavares, 250 policiais federais e 60 servidores da Receita Federal. A megaoperação de hoje conta com o apoio da Brigada Militar e é acompanhada pelo Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho e por servidores do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

A investigação iniciou em 2020 para apurar a prática de contrabando de cigarros na região metropolitana de Porto Alegre. Diligências realizadas identificaram a existência de uma organização criminosa estruturada para a produção clandestina de cigarros de marcas paraguaias em cidades do Rio Grande do Sul. Há indícios de que a fabricação seria operada por trabalhadores supostamente cooptados no Paraguai e que seriam mantidos em condições análogas a de escravidão.

Parte dos cigarros produzidos abasteceria o mercado clandestino do Uruguai e pontos de venda no Estado vinculados à facção criminosa gaúcha. A estimativa é que a fábrica clandestina produziria cerca de 10 milhões de maços de cigarros por mês, com faturamento mensal de R$ 50 milhões. Conforme projeção da Receita Federal, os impostos, se recolhidos, atingiriam R$ 25 milhões, somente em tributos federais (IPI, PIS e COFINS).

A operação foi denominada Tavares em alusão ao local onde foi identificado o primeiro depósito do grupo, no município de Cachoeirinha.

 

 

 

Fonte: Comunicação Social da Polícia Federal RS

 

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