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Pai que torturou e quis matar bebê por tom de pele é condenado a 42 anos de prisão
Santa Catarina – Uma menina de apenas dois meses de vida sofreu várias agressões e torturas pelo próprio pai por ter nascido com um tom de pele mais claro que o de seus irmãos. O homem, desconfiado que não era o pai biológico, chegou a quebrar quatro costelas da menina, quando ela tinha apenas 13 dias de vida. Ele foi sentenciado a 42 anos de prisão e a mãe, por omitir a tortura, foi condenada a oito anos. O caso ocorreu em 2018, em uma cidade no sul do estado, e a condenação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
Na maioria das vezes, o criminoso apertava o corpo do bebê brutalmente com suas mãos e gritava que ela não era sua filha. A recém nascida foi parar no hospital pela primeira vez aos 13 dias de vida, com fratura em quatro costelas. Sete dias depois, foi novamente internada com pneumonia. Pouco mais de duas semanas se passaram e a menina, com um mês e nove dia, teve crise convulsiva generalizada que resultou em uma parada cardiorrespiratória. E foi mais uma vez hospitalizada dez dias depois.
Com pouco mais de dois meses da criança, o pai a agrediu com socos na cabeça, pressionou seu corpo e torceu seus braços, resultando em traumatismo craniano grave e fraturas no antebraço direito e na perna direita.
Os pais recorreram à Justiça pedindo a nulidade do julgamento ou a redução das penas, mas a anulação da sessão do júri não foi conhecida. O processo tramitou em segredo de justiça.
“Assim, o fato de o réu praticar o delito no seio familiar, composto de outras duas crianças, evidencia maior reprovação da conduta, uma vez que, por ser pai dos menores, é responsável por orientar e ser espelho para a formação de caráter, o que justifica idoneamente o incremento da pena-base sob a rubrica da culpabilidade”, anotou o desembargador José Everaldo Silva em seu voto, que foi seguido pelos demais desembargadores.
Fonte: NSC Total