Picada Café 31 anos: Loiva Kohl conta sua história de dedicação ao 11 Amigos, o clube do coração

Picada Café – A Sociedade Cultural e Esportiva 11 amigos, do Lichtenthal, faz parte da comunidade há cerca de 30 anos. Oficialmente foi fundada, no endereço atual, em 1997, mas sua história começou bem antes, quando os meninos da localidade jogavam bola nos potreiros de Marcos Lipert e Walter Bock, que foram alguns dos fundadores do clube, assim como Henrique Bock, entre outros. Apaixonados por futebol, eles incentivaram a geração da época a se envolverem com o esporte. Um exemplo disso aconteceu com Leo Kohl, que historicamente sempre esteve envolvido com o clube, como presidente, técnico ou integrando outros cargos na diretoria.

Desde que Leo faleceu, há 26 anos, a história do clube na família é preservada pela terceira geração. Além da esposa, Loiva Kohl, 74 anos, também sempre envolvida com as atividades, um dos filhos, Cesar Adriano, 53, por anos foi jogador do clube e atualmente, a neta, Ramona Kohl, 29 anos, faz parte do Conselho Fiscal. Loiva fala com alegria dos bons tempos de glórias do 11 Amigos e conta que o clube foi construído nas terras que pertenciam a seu pai, Otto Prass. Diz ainda que a inauguração foi incentivada pelo primeiro prefeito de Picada Café, Ruben Kirschner, que sugeriu aos moradores construir a sociedade que sempre teve foco no futebol.

Dedicação ao clube

Recorda que inicialmente construíram um galpão simples com cozinha e mais tarde decidiram construir a sociedade, com planos de ampliar futuramente. Conta que o marido era fanático pelo 11 Amigos. “Fazia de tudo pelo clube”, afirma. Diz que aos domingos a tarde Leo saía de casa e voltava com o carro cheio. “Até no porta malas ele colocava os jogadores que buscava em casa para jogar”, aponta.

Loiva até hoje joga na equipe da cozinha. Com amigas como Gerdrut Bock, Delcina Metz, Agonda Laux, Margarida Rohr, Noeli Kunz e Marta Gehlen, ela se encarregava dos lanches como os famosos pasteis que eram vendidos na copa do clube. Hoje o grupo se dedica a preparar os pratos de eventos que ocorrem no clube, geralmente locado para festas. Ela guarda com carinho um quadro com foto do time do Clube em jogo de 1997, onde seu filho é um dos jogadores. Neste dia, o time que sagrou-se campeão foi em peso abraçá-la, poucos meses depois do marido falecer.

Diz que lembra muito bem da movimentação ao redor do campo em dias de jogos e cita que às vezes, já era escuro e ainda havia gente no campo. Ela lamenta que hoje a euforia pelo clube tenha diminuído. “Hoje, quando tem jogo, senta um aqui e outro lá longe. Muito triste se pensar o quanto a gente lutou pra conseguir o campo”, comenta.

Hoje o campo sedia jogos do SCF Flamenguyinho, aos sábados à tarde e uma vez por mês um jogo com a família Hecler. A Sociedade também realiza festa de aniversário e é alugada para eventos. O presidente atualmente é Celestino Gehlen.