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Polícia Civil do RS prende criminoso mais procurado do estado em operação

10/07/2025 - 10h05min

Créd. Polícia Civil do RS

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu, na manhã desta quarta-feira (10), o criminoso mais procurado do estado. A captura ocorreu durante a Operação Bis In Idem, deflagrada pela Delegacia de Capturas (Decap) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), com apoio do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), da Polícia Civil de São Paulo.

O homem, de 40 anos, estava foragido desde outubro de 2024 e possuía ao menos dois mandados de prisão em aberto. Ele foi encontrado em um sítio na cidade de São Lourenço da Serra, no interior paulista, onde vivia sob identidade falsa. A propriedade, segundo a polícia, era bem estruturada, com piscina, lago e criação de animais. O criminoso era raramente visto na cidade, mantendo-se recluso na zona rural.

LÍDER DA MAIOR ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA DE PORTO ALEGRE

Conforme o delegado João Paulo de Abreu, diretor do Deic, o preso é apontado há anos como o principal líder da maior organização criminosa em atuação em Porto Alegre, com raízes na zona leste da capital gaúcha. Ele possui extensa ficha criminal, com cerca de 12 indiciamentos por homicídio.

A operação foi resultado de uma investigação que durou cerca de seis meses, envolvendo diligências e cruzamento de informações. Segundo o delegado Gabriel Casanova, titular da Decap/Deic, o homem é suspeito de ser mandante de diversos assassinatos recentes nas vilas Cruzeiro e Maria da Conceição, em Porto Alegre, incluindo o homicídio de um detento dentro da Penitenciária de Canoas, em novembro de 2024.

O histórico do criminoso inclui prisões anteriores. Em 2012, foi detido em um sítio em Taquara com armas e munições. Em 2020, foi transferido ao Sistema Penal Federal, mas em 2021 recebeu autorização para uso de tornozeleira eletrônica, que rompeu no ano seguinte, voltando à condição de foragido. Em junho de 2024, foi capturado em Catalão (GO), onde se passava por empresário do setor de lavagem de veículos. Solto meses depois, teve nova ordem de prisão expedida em outubro do mesmo ano.

A nova prisão reforça, segundo o delegado Casanova, o poder econômico e a mobilidade do investigado. “Em pouco mais de um ano, ele foi capturado duas vezes em diferentes estados, o que evidencia não apenas sua capacidade de articulação, mas também o comprometimento dos policiais civis em desmantelar esse tipo de organização criminosa.”

O diretor do Deic afirmou que as investigações continuam. “Há fortes indícios de que o preso lidera uma organização criminosa ligada não apenas aos homicídios, mas também ao tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e lavagem de dinheiro. Todos esses crimes seguirão sendo apurados com rigor.”

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