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Polícia conclui que casal sequestrou menina Fabíola para produzir pornografia infantil

30/12/2020 - 14h55min

Atualizada em 30/12/2020 - 15h27min

Polícia revelou que criminosos escolhiam vítimas de famílias carentes e ofereciam doações para conquistar a confiança dos pais (Crédito - Divulgação)

País – Em entrevista coletiva, realizada na manhã desta quarta-feira, 30, a Polícia Civil de Santa Catarina revelou o resultado do inquérito sobre o sequestro da menina Fabíola Tormes, 4 anos. Conforme divulgado pelo delegado da Dpcami de Palhoça, Fábio Pereira, e pela diretora de Polícia da Grande Florianópolis, Eliane Chaves, o que motivou o casal foi a prática de abuso sexual e produção de pornografia infantil.

De acordo com a polícia, o caso da menina Fabíola não foi um caso isolado. Durante as investigações, a polícia descobriu que o casal já havia feito contato com pelo mais oito famílias, com o objetivo de aproximar de crianças. Os criminosos buscavam informações em sites de redes sociais, selecionavam famílias carentes e ofereciam doações de cestas básicas, por exemplo, para conquistar a confiança dos pais. Com o tempo, o casal oferecia passeios às crianças e então realizava os crimes.

A polícia revelou que foram ouvidas mais de 10 testemunhas, durante as investigações. Também foi confirmado que algumas famílias deixavam os filhos passarem dias com os criminosos, na confiança de eram boas pessoas. Num desses casos, uma criança foi abusava sexualmente e teve imagens registradas pelo casal.

Os sequestrados foram indiciados por sequestro; lesão corporal grave; armazenamento de pornografia infantil; estupro de vulnerável; produção de pornografia e ainda por crime ambiental, pois segundo a polícia, o casal também praticava crimes de maus tratos contra animais.

Caso Fabíola

A menina Fabíola foi arrancada dos braços da mãe, que foi agredida com um pedaço de pau e um objeto pontiagudo, na noite da sexta-feira, 18, em Palhoça (SC). A criança foi resgatada 48h depois, no domingo, graças a uma ação conjunta das polícias do estado, numa casa na Cachoeira do Bom Jesus, Norte da Ilha de Santa Catarina.

A polícia informou que identificou um carro com as características do que foi descrito pelos vizinhos da criança na noite do sequestro e, em seguida, avistou o sequestrador. O homem disse que estava sozinho, mas depois confessou que a companheira estava em casa e ambos cuidavam de uma menina. A polícia então localizou a mulher, que se negou a entregar Fabíola, segurando-a no colo.

O resgate foi concluído e a investigação confirmou que Fabíola não chegou a sofrer abusos pelo casal de gaúchos, que mora há anos em Santa Catarina. A polícia relatou que a casa, onde os sequestradores foram encontrados com a criança, estava em estado inabitável, repleta de bagunça, brinquedos descaracterizados, e fezes de animais misturadas a roupas de crianças por todo o lado.

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