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Putin e Zelensky vão se reunir para discutir acordo de paz

13/05/2025 - 09h24min

Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky. (Alexey DANICHEV / SPUTNIK/Simon Wohlfahrt/Bloomberg/Getty Images)

Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, vão se encontrar na próxima quinta-feira (15), na Turquia, para uma reunião histórica que pode marcar o início do fim da guerra entre os dois países, em conflito há mais de três anos. A informação foi confirmada neste domingo (11) pelos dois governos.

O anúncio acontece em meio a uma nova onda de esforços diplomáticos internacionais. Ao confirmar o encontro, Zelensky voltou a defender um cessar-fogo imediato, propondo a interrupção dos confrontos já a partir desta segunda-feira (12).

“Esperamos um cessar-fogo começando amanhã – completo e duradouro, para fornecer a base necessária para a diplomacia. Não faz sentido prolongar os assassinatos. E esperarei por Putin na quinta-feira na Turquia. Pessoalmente”, declarou o presidente ucraniano nas redes sociais.

A resposta de Putin veio por meio de comunicado oficial, também neste domingo. Segundo o líder russo, Moscou está disposta a retomar as negociações diretas com Kiev sem pré-condições. “Estamos propondo que Kiev retome as negociações diretas sem quaisquer pré-condições”, afirmou.

Pressão internacional crescente

O avanço nas tratativas ocorre em um cenário de crescente pressão internacional por uma solução diplomática, especialmente após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. Líderes globais têm reforçado o apelo pelo fim das hostilidades.

Durante visita à Rússia na última sexta-feira (9), o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com Putin e também defendeu um cessar-fogo ampliado. “Nós queremos paz. É importante a paz para a Rússia, é importante para a Ucrânia, é importante para os Estados Unidos, é importante para a União Europeia”, afirmou Lula.

Concessões à vista

A avaliação do governo brasileiro é de que um eventual acordo de paz exigirá concessões por parte da Ucrânia. O assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, afirmou durante a viagem que uma solução duradoura pode incluir a renúncia ucraniana à Crimeia e a retirada do pedido de adesão à OTAN — dois pontos centrais na origem do conflito.

“A paz é possível, mas ela exigirá coragem e realismo dos dois lados”, declarou Amorim.

Agora, a comunidade internacional aguarda os desdobramentos do encontro entre os líderes, com expectativa de que a reunião na Turquia represente o primeiro passo concreto rumo à paz no Leste Europeu.

 

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