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Relógios mudaram para o horário de verão e confundiram usuários
Brasil – Alguns celulares até adiantaram seus relógios em uma hora, mas a verdade é que o Brasil não terá horário de verão este ano, assim como não teve em 2019. A confusão foi tamanha que a pesquisa “que horas são?” apareceu entre as mais populares do Google, já que alguns dispositivos eletrônicos alteraram o horário do relógio automaticamente. O Brasil vinha de um longo histórico de adoção do horário de verão. Isso porque 10 Estados brasileiros registram maior luminosidade entre os meses outubro e fevereiro, segundo o site NSC Total.
O horário de verão foi adotado pela primeira vez no país no no fim de 1931, com a finalidade de economizar energia elétrica nos meses mais quentes do ano. Ele foi aplicado sem interrupção nos últimos últimos 35 anos. Pesquisas mostram, no entanto, que a eficiência na economia de energia vem caindo ano após ano. O presidente Jair Bolsonaro, via decreto, extinguiu a adoção do horário de verão em abril do ano passado. O governo alegou que a decisão foi fruto de um estudo do Ministério de Minas e Energia (MME) que apontou que, com o fim da mudança temporária, haveria uma economia anual de cerca de R$ 100 milhões.
Na época, em comunicado, o MME afirmou que “nos últimos anos, com as mudanças no hábito de consumo da população e a intensificação do uso do ar-condicionado, o período de maior consumo diário de energia elétrica foi deslocado para o período da tarde, quando o horário de verão não tinha influência”.
O NSC Total apontou ainda que a economia gerada pela adoção do horário de verão começou a ser questionada em 2017. Em 2013, a economia registrada foi de R$ 405 milhões, enquanto, em 2016, foi de apenas R$ 159,5 milhões – uma queda de 60%. Em 2017, a economia já era de apenas R$ 145 milhões.