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RS emite alerta sanitário para raiva herbívora

A Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul emitiu, nesta semana, um alerta sanitário para a raiva herbívora na região de Passo Fundo, no norte do Estado. A medida foi tomada após a confirmação de um novo foco da doença no município, acendendo o sinal de alerta para a possibilidade de expansão do vírus para cidades vizinhas, como Ernestina, Marau, Coxilha e Santo Antônio do Planalto.
De acordo com André Witt, analista ambiental do Programa de Controle de Raiva Herbívora da secretaria, o alerta é direcionado especialmente aos produtores rurais, que devem estar atentos à vacinação dos seus rebanhos. “É fundamental imunizar os animais, inclusive aqueles que já tenham sido mordidos por morcegos”, reforça Witt.
Além da vacinação, o analista também orienta a população rural a informar a localização de abrigos de morcegos hematófagos — principais transmissores da raiva em animais herbívoros. Os locais mais comuns de refúgio são troncos ocos, cavernas, fendas em rochas, túneis, casas abandonadas e furnas. As informações devem ser repassadas à Inspetoria Veterinária mais próxima para que as equipes de controle possam atuar na redução da população desses morcegos.
Situação Atual no Estado
Neste ano, o Rio Grande do Sul já registrou 15 focos de raiva herbívora em seis municípios, sendo 12 casos em bovinos, dois em equinos e um em ovino. Em 2024, foram 78 focos espalhados por 40 municípios. Os dados reforçam a importância da vigilância contínua e da imunização dos animais de produção.
Sobre a Raiva Herbívora
A raiva é causada por um vírus letal, que acomete tanto animais quanto humanos. Nos herbívoros, a transmissão ocorre principalmente por meio da mordida de morcegos hematófagos, que se alimentam do sangue de outros animais. A doença não tem cura e o controle é feito exclusivamente por medidas preventivas, como a vacinação e o manejo da fauna.
Estiagem Agrava a Situação
Especialistas alertam que a estiagem enfrentada em algumas regiões do Estado pode contribuir para o aumento dos casos. A falta de alimento e água faz com que morcegos se desloquem em busca de novas fontes de alimento, elevando o risco de contato com rebanhos.
Produtores devem agir com rapidez. A vacinação e a comunicação de abrigos de morcegos são essenciais para conter o avanço da raiva no Estado. A Secretaria da Agricultura reforça que ações preventivas salvam vidas e evitam grandes prejuízos econômicos ao setor agropecuário.
Para mais informações, procure a Inspetoria Veterinária local ou acesse o site da Secretaria Estadual da Agricultura.