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Tornozeleira de Bolsonaro tinha marcas de queimadura e sinais de avaria, aponta relatório

22/11/2025 - 17h39min

Atualizada em 22/11/2025 - 17h41min

Um relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), divulgado neste sábado (22), aponta que a tornozeleira eletrônica usada por Jair Bolsonaro (PL) apresentava “sinais claros e importantes de avaria”, incluindo “marcas de queimadura em toda a circunferência” do compartimento que protege os sensores do equipamento.

Segundo o documento, ao ser questionado por uma policial penal sobre o que havia ocorrido, o ex-presidente admitiu ter utilizado um ferro de solda para mexer no aparelho. “Eu meti ferro quente aí. Curiosidade”, disse Bolsonaro, conforme registrado em vídeo anexado ao relatório.

O alarme do dispositivo disparou às 0h07 de sábado, e a equipe responsável pela segurança do ex-presidente foi acionada imediatamente. A violação foi confirmada, e a tornozeleira foi substituída à 1h09. Por volta das 2h, o ministro Alexandre de Moraes determinou que Bolsonaro, que cumpria prisão domiciliar, fosse transferido para uma cela na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

De acordo com profissionais que acompanham o caso, a parte queimda é considerada o “coração” da tornozeleira, onde ficam os sensores de localização e integridade. Mesmo com o relatório da Seape, o equipamento danificado foi encaminhado ao Instituto Nacional de Criminalística da PF, que tem até dez dias para concluir a perícia — prazo que deve ser menor por se tratar de um procedimento simples.

Em vídeo, a policial penal também pergunta a Bolsonaro se ele tentou retirar a pulseira da tornozeleira. Ele nega, e a servidora confirma que a pulseira permaneceu intacta, embora o case estivesse violado.

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