Conecte-se conosco

Estado - País - Mundo

Vereadores discutem necessidade de mais um plantonista no Hospital São José, em Ivoti

05/05/2023 - 07h30min

Hospital São José
Casa de saúde é referência de atendimento para municípios da região

Região – A demora no atendimento de urgência e emergência causa angústia, seja para quem está esperando ajuda, para quem acompanha ou para os profissionais que se veem com um alto volume de atendimentos sem conseguir solucionar o problema. E esta situação foi levada à Câmara de Vereadores de Ivoti recentemente através dos vereadores Volnei Gross e Ivanir Mees.

Após o relato de demora no atendimento, a casa passou a debater a necessidade da contratação de mais um médico plantonista no Hospital São José, principalmente para o horário das 20 às 8 horas.

De acordo com a presidente da Câmara, Marli Gehn, os vereadores sugeriram reunir os municípios vizinhos na discussão. “Para mim, não chegou a reclamação, mas sabe-se de pessoas que chegaram lá às 23 horas e foram atendidas às 2, 3 horas da madrugada. A gente entende quando entra alguma urgência, mas pelo relato não era nem isso, era muita gente mesmo precisando de atendimento”, citou a vereadora.

Em função da referência regional da casa de saúde, a presidente encaminhou ofícios para o legislativo dos municípios que também possuem convênio com o Hospital São José. “Se o hospital entender que o recurso financeiro é pouco, que não dá para contratar mais um médico, aí de repente os municípios podem buscar uma maneira para colaborar. Mas é que, realmente, a população precisa de um atendimento mais ágil”, completou.

Marli Heinle Gehm, Ivoti

O que dizem os vereadores da região?

O presidente da Câmara de Vereadores de Lindolfo Collor, Alcírio Wiedthauger, informou que já foi realizada uma reunião com o Executivo sobre o assunto. Ele destaca que é necessária a contratação de mais um plantonista, em função do volume que se tem no hospital atualmente.

Entretanto, ele cita que o município já possui o seu próprio plantão 24 horas. “Nós só levamos casos excepcionais, que precisam de internação. Raramente nós utilizamos o plantão do hospital. Não vejo como uma necessidade (de Lindolfo) precisar gastar com mais este médico”, concluiu.

Alcírio Wiedthauger, Lindolfo Collor

Em Presidente Lucena, o assunto foi debate informal entre os vereadores antes da última sessão, na quarta-feira (3). A presidente do legislativo, Susana Exner, informou já ter recebido o ofício e que o tema será discutido com a Prefeitura e a Secretaria de Saúde. “Não conheço os números e a demanda atual. Mas sem dúvidas trataremos o assunto e faremos força para o melhor da população”, destacou.

 

Susana Exner, Presidente Lucena

A reportagem contatou a Câmara de Vereadores de São José do Hortêncio, na figura do seu atual presidente, Paulo Kunzler. Segundo ele, o tema ainda não foi discutido entre os vereadores. Além do Hospital São José, o município tem como referência para atendimento de urgência e emergência o Hospital Sagrada Família de São Sebastião do Caí.

Paulo Kunzler, Hortêncio

Mais um médico no Mais Vida

Questionada sobre o assunto, a Prefeitura de Ivoti informou que está ciente sobre o debate e que, recentemente, contratou mais profissionais para auxiliar no atendimento da população no Mais Vida, que funciona das 9 às 21 horas, de segunda a segunda. “Devido à demanda e necessidade, agora nós temos mais um médico aos sábados. Ou seja, de segunda a sábado temos três e, aos domingos, dois profissionais à disposição da comunidade”, complementou o secretário de Saúde de Ivoti, Marcelo Bernardes.

O que diz o Hospital São José

Em resposta à Câmara de Vereadores de Ivoti, o Hospital São José informou que o serviço de plantão médico de urgência e emergência é realizado por uma empresa terceirizada e que, atualmente, o valor contratado é de R$ 155 por hora. Desta forma, a manutenção de um segundo médico plantonista no horário das 20 às 8 horas resultaria no custo de R$ 678.900 ao ano.
A reportagem entrou em contato com a administração do Hospital São José, que informou que não recebeu nenhum pedido para que um novo médico seja contratado. “Recebemos um ofício perguntando quanto custaria mais um médico neste horário e apenas respondemos o que foi questionado”, explica o diretor Rodrigo Perez.
A instituição também está aberta à contratação, segundo o diretor, no caso de os municípios se mobilizarem para o custeio. “Se houvesse recurso para isso, a gente estudaria. Só prestamos serviço com os recursos que a gente tem”, conclui.

Conteúdo EXCLUSIVO para assinantes

Faça sua assinatura digital e tenha acesso ilimitado ao site.