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Feminicídio será punido com prisão perpétua na Itália

28/08/2025 - 13h10min

Atualizada em 28/08/2025 - 13h11min

Mundo – Os sapatos vermelhos espalhados em praças pelo mundo nasceram como uma forma silenciosa e potente de denúncia. A instalação artística Zapatos Rojos, criada pela mexicana Elina Chauvet após o assassinato de sua irmã pelo companheiro, transformou-se em símbolo global contra o feminicídio. Cada par de sapatos representa uma vida interrompida pela violência de gênero e denuncia um sistema que segue tentando silenciar mulheres.

Sapatos vermelhos espalhados em praças pelo mundo nasceram como uma forma silenciosa e potente de denúncia

Casos recentes, como o brutal assassinato de Giulia Cecchettin em 2023, expuseram a urgência de medidas mais rigorosas no país. A indignação coletiva e as manifestações pressionaram as instituições a agir. Essa mobilização encontrou resposta histórica no último mês, quando o Senado italiano aprovou, por unanimidade, a inclusão do feminicídio no Código Penal, punível com prisão perpétua.

A nova lei define feminicídio como o ato de matar uma mulher motivado por discriminação, ódio, controle, posse ou pela recusa de relações afetivas. A legislação amplia o entendimento jurídico, reconhecendo as raízes estruturais do crime. Além da pena máxima, prevê medidas de proteção, agravamento das circunstâncias de violência doméstica e apoio financeiro a órfãos das vítimas.

Essa conquista não apaga a dor, mas reafirma a força da luta coletiva. Os sapatos vermelhos que ocupavam as ruas como denúncia agora também simbolizam vitória: a transformação do luto e da resistência em avanço legislativo.

Fonte: Euronews

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