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Fim da paquera: PT recusa convite do PDT para coligar em Estância Velha

09/09/2020 - 13h32min

Atualizada em 09/09/2020 - 13h39min

Estância Velha – O PDT não contará com o apoio do PT nas eleições deste ano. A decisão foi tomada ontem de noite pelo diretório municipal do PT. O PDT foi quem iniciou a “paquera”, avaliando a quantidade de votos que os petistas podem somar em uma eleição.

A proposta do PDT era de que o PT fechasse coligação, mas não estava disposto a mudar a composição à majoritária, que tem Carlos Bonne como pré-candidato a prefeito e Lotário Seevald, o Saci, como pré-candidato a vice-prefeito. “Eles (o PDT) só queria o prestígio e a base de votos que o PT”, explicou uma militante petista, que pediu para não ser identificada.

A “paquera” entre PDT e PT iniciou há algumas semanas, mas era mantida em sigilo.

O presidente do PT, Daniel Ribeiro, explicou que o principal motivo para o PT não aceitar o convite se deve a ideia de apresentar sua própria identidade no pleito deste ano. “As políticas de alianças distanciaram PT de suas raízes e compromissos programáticos ao longos dos últimos anos. As alianças acabam se transformando numa busca do poder em si e para si. Hoje o PT de Estância Velha quer se apresentar com uma proposta e propósito originário, ou seja, primeiro e, antes de tudo, um projeto, um plano de governo para o município. As candidaturas que estão postas pelo partido representam isso”, declarou.

Dos 11 membros do diretório, nove marcaram presença no encontro. Todos os presentes disseram “não” para a proposta do PDT.

No início desta semana, o Diário antecipou que o Partido dos Trabalhadores irá lançar Natalia Herta Weimer como cabeça de chapa. A convenção, que confirmará o nome de Natalia como candidata a prefeita, será neste domingo. Além dela, o partido tem dois outros pré-candidatos: Daniel Ribeiro e Pedrinho Engelmann, respectivamente, presidente e ex-presidente da executiva municipal.

Com a ideia de concorrer com chapa pura, o candidato a vice será um destes dois nomes. Daniel, que assumiu a presidência do partido há um ano, é o mais cotado para a vaga.
Embora pouco conhecida no cenário político, Natalia, que é bacharel em administração pela Ufrgs, é uma pessoa popular na cidade. Filiada ao PT desde 2015, desde o início se mostrou com um caráter e personalidade com os princípios programáticos do partido. “Quando debatemos sobre a participação do partido nesse processo eleitoral, ela demonstrou disposição de colocar o seu nome como candidata na chapa majoritária”, explicou Daniel.

A candidata do PT afirma que a decisão de colocar o nome à disposição já vem de tempo. Em 2016, Natalia já havia pensado concorrer a vereadora, mas desistiu do plano por motivos pessoais. Neste ano, novamente pensava em concorrer a uma vaga no Legislativo, mas, incentivada pelos pais, decidiu lançar seu nome como pré-candidata a prefeita. “O que me inspira muito é a trajetória do nosso ex-prefeito, o saudoso Elivir Desiam (Toco), que veio do setor privado e surgiu, politicamente falando, como um nome novo na época”, explicou.

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