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Destaques

A força de Bárbara: do corpo queimado a superação diária

25/06/2018 - 21h01min

Atualizada em 02/07/2018 - 14h53min

Lindolfo Collor – Bárbara Hoelscher nunca vai esquecer do mês de novembro de 2016. Ela sofreu uma tentativa de feminicídio em Lindolfo. O ex-namorado, Igor Schonberger, ateou fogo e ela teve 47% do corpo queimado. De lá para cá, a vida dela mudou. Atualmente, Bárbara relata sua história para que mais mulheres não sofram com violência doméstica.

Na semana passada, Bárbara foi surpreendida com uma novidade: o julgamento por júri popular de Igor, marcado para o dia 19 de julho. Em entrevista à Rádio Ivoti, ela falou do assunto. “Fiquei feliz porque finalmente ele vai ser julgado. Posterior, dá aquele aperto no peito por ter que relembrar tudo. Mas como eu sempre falo, é somente mais uma etapa do processo pelo que passei e passo, as marcas, não vai mudar”, disse ela. A hamburguense informou que deverá estar no julgamento, no dia 19, em Ivoti.

RECUPERAÇÃO 

São meses de recuperação e superação. Bárbara teve que segurar o choro e encarar os problemas, já que precisa cuidar com a exposição ao sol e fez e fará diversas cirurgias. Mesmo tendo que relembrar do assunto toda vez que fala, Bárbara resolveu contar sua história para alertar outras mulheres. “Eu não quero que o que aconteceu comigo se apague até para servir de uma forma de alerta para que mais mulheres não deixem chegar ao ponto que eu deixei. Mais mulheres não sofram o que eu sofri e tenham coragem de denunciar”, disse ela.

Atualmente, Bárbara formou-se em Administração e procura emprego. “Tá bem difícil por causa das minhas saídas do médico, mas tento levar minha vida normal. Tento não viver em volta disso”, revelou.

NÃO JULGAR – Em diversos casos de violência doméstica, a vítima é a primeira a ser julgada. “O que tu fez para apanhar?”, “Ela mereceu porque não agiu bem” e “Foi só um tapa” são falas frequentes que a vítima ouve.

Em relação a isso, Bárbara pediu que a sociedade não julgue. “Sempre por trás de um caso de violência, existe alguns poréns, a mulher até mesmo não denuncia porque questão da sociedade julgar. Muitas mulheres que eu acabei conhecendo falam que têm filhos e tem medo que faça alguma coisa com a família. Ou que vá fazer escândalo no trabalho. Muitas mulheres acabam deixando de denunciar por medo de que alguma coisa vai acontecer. No meu caso, eu também tive medo”, revelou.

Exemplo para outras mulheres

Após sofrer uma violência, o apoio da família e amigos é fundamental. Assim foi com Bárbara, que viu na força de seus entes queridos um alicerce para superar os desafios e a tristeza. “O que eles me dão eu não tenho palavras para descrever. Me mostrar forte e me reerguer é uma forma de contribuir por tudo o que eles fizeram por mim. Não quero ficar me vitimizando porque eu acho que a mulher tem que ter força para denunciar e, principalmente, para levar a vida posterior a isso”, disse ela.

Ao fim da entrevista, mais uma vez, Bárbara escolheu dar apoio as mulheres que sofrem com violência, seja ela física ou psicológica. “Sempre faço um apelo: não aceitar este tipo de relacionamento abusivo. Denunciar e acreditar que existe uma vida pós isso, que ela é muito melhor que viver no meio de agressões. As mulheres têm que ter força para denunciar e se reerguer de uma fase traumatizadora. É criar coragem e se amar”, finalizou ela.

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