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Aberta a temporada das paradas gays no Brasil e no mundo
Vai começar a temporada das paradas gay. De São Paulo a Nova York, passando pelo Rio e Porto Alegre, o mês do orgulho LGBTI — a letra “I”, incluída recentemente, abraça os intersexuais, para quem não se encaixa em feminino ou masculino —, é celebrado agora em junho e, a partir daí, as paradas começam. Da mais festiva à mais politizada, descubra qual é a sua parada.
Nova York
O desfile, que acontece no dia 24, é bem segmentado: tem os policiais gays de Manhattan, o grupo gay da Universidade de Harvard, as bombeiras lésbicas de Chicago, e por aí vai.
A terceira colocação no ranking de turistas que participam cabe a nós, brasileiros. Por isso, agências de turismo daqui capricham nos pacotes que incluem passagens, hospedagens e convites para festas.
O ponto alto se dá quando o público entra embaixo da gigante bandeira com as cores do arco-íris, com direito até a lágrimas das pessoas, que bradam por igualdade.
Como se vê, o cunho político é levado muito a sério ali, principalmente quando a marcha passa por Stonewall Inn, local da revolta de Stonewall, em 1969, movimento que estabeleceu a luta de gays e lésbicas nos Estados Unidos.
Ao final, o público se divide entre o clube Le Bain, que fica no 18º andar do Standard Hotel; o Industry Bar, preferido dos jovens e que funciona onde originalmente ficava um armazém industrial; e o Barracuda Lounge, um clássico em termos de bares gays em NY, famoso pelos shows de drags.
Porto Alegre
O sul do país não fica de fora do movimento das paradas e, apesar do frio que faz por lá essa época do ano, a temperatura promete subir dia 1º de julho, quando acontece a 11ª edição da Parada de Luta LGBTI de Porto Alegre, no Parque Farroupilha.
— O movimento aqui começou com a Parada Livre, que ainda existe. Mas nós, um grupo de dissidentes dela, fundamos essa que hoje é a parada mais representativa do Rio Grande do Sul — diz Will Dreher, um dos organizadores, que espera reunir cerca de 100 mil pessoas, assim como na edição passada.
Apesar de ser menos espalhafatosa, mais contida mesmo, o espírito ali é da busca por representatividade. A comunidade gay local reclama, inclusive, que as duas boates LGBTI da cidade foram fechadas recentemente. Mas nem por isso quem pretende conhecer essa parada pode esperar desânimo.
Durante todo o fim de semana do evento a região boêmia de Porto Alegre, conhecida como Cidade Baixa, ferve. O Bar Bahamas é um dos points e por lá a pedida é a sopa de capelletti servida no pão italiano. O Espaço 900, localizado também na Cidade Baixa, tem mesas disputadíssimas. Descolado, o ambiente mistura arte, cultura, música, boa gastronomia e ares de pub. A paquera rola solta.