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Ação judicial contra Arnaldo Kney, Baltasar Hansen e Neri Chilanti próxima da sentença

Ivoti – A Comarca de Ivoti está próxima de proferir a sentença de uma ação civil pública de improbidade administrativa em que são denunciadas irregularidades na Autarquia Água de Ivoti durante a gestão do prefeito Arnaldo Kney (2013-2016). Além dele, figuram como réus o ex-diretor da autarquia, Baltasar Hansen; o proprietário da empresa San Consultoria, Neri Chilanti; e Claudio Pereira de Oliveira, da empresa Hidrogeo Perfurações.
A ação, de autoria do Ministério Público, levou em consideração uma série de reportagens publicadas pelo Diário a partir de 2014. A Promotoria aponta que houve direcionamento nas licitações que resultaram na contratação das empresas San Consultoria, de Neri Chilanti, e Hidrogeo Perfurações, de Claudio Pereira de Oliveira. Os fatos foram apurados em duas CPIs abertas pela Câmara de Vereadores de Ivoti.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, foi oferecido prazo para apresentação de provas até 26 de março de 2025, podendo a sentença ser proferida após essa data.
Arnaldo Kney, Baltasar Hansen e Neri Chilanti são réus em outra ação civil pública, aberta em 2014 na Comarca de Ivoti, também envolvendo a gestão da Autarquia Água de Ivoti.
Atualmente, Neri Chilanti ocupa o cargo de diretor técnico na Comusa de Novo Hamburgo, órgão vinculado à Prefeitura de Novo Hamburgo, tendo sido nomeado em janeiro de 2025, no início da gestão do prefeito Gustavo Finck. Fontes ligadas à Prefeitura de Novo Hamburgo relataram ao Diário que a indicação de Neri Chilanti partiu de um importante apoiador da campanha eleitoral de Finck. Arnaldo Kney e Baltasar Hansen não ocupam funções públicas no momento.
Relembre
Arnaldo Kney assumiu a Prefeitura de Ivoti em 2013, pouco tempo após o término do contrato com a Corsan e a municipalização da água. Foi criada a Autarquia Água de Ivoti, da qual Arnaldo deu a diretoria ao ex-prefeito de Presidente Lucena, Baltasar Hansen. Por fim, foi contratada a empresa San Consultoria, de Neri Chilanti, para assessorar o processo.
Diante da frequente falta de água, foram realizadas diversas obras, como a perfuração de poços, subestações de energia e construção de adutora. A partir de reportagens do Diário, o Ministério Público denunciou uma série de irregularidades, como direcionamento de licitações e superfaturamento em contratos.