Geral
Ajude na luta do pequeno Gustavo que enfrenta uma paralisia cerebral
Por Cleiton Zimer
Linha Moreira / Santa Maria do Herval – Gustavo Ferreira, de nove anos, é um lutador desde bebê. Assim como Thor, o deus nórdico dos trovões – personagem pelo qual é apaixonado, todos os dias não lhe faltam forças para enfrentar as batalhas diárias que uma paralisia cerebral impõe.
Ele e o irmão gêmeo, Guilherme, nasceram prematuros. Gustavo veio ao mundo com 530 gramas, entretanto, demorou muito para ser retirado do útero. A mãe, Sabrina Gabriela Ferreira, 33 anos, conta que a bolsa dele estourou à 00h50 e os médicos diziam que ele não sobreviveria; assim, realizaram o parto somente às 10h.
“Quando retiraram viram que estava vivo”, conta a mãe. Gustavo ficou três meses na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) lutando pela vida; depois que saiu do hospital foi logo encaminhado para fazer sessões de estímulo precoce. Desta forma, desde bebê, ele sempre teve acompanhamento; mas os médicos nunca conseguiram dar um diagnóstico preciso sobre o seu caso.
Até que aos seis anos descobriram que ele tem uma paralisia cerebral leve devido à prematuridade, o que atingiu a coordenação motora e a fala. Gustavo precisa de acompanhamento diário, fazendo reabilitação e hidroterapia para os músculos além de fonoaudiólogo, o que será para a vida toda.
A paralisia em si não tem cura, mas cirurgias e acompanhamentos poderão lhe trazer uma melhor qualidade de vida.
Constante evolução
Ele, o irmão e a mãe vivem sozinhos, sem a presença do pai que se mudou para outro estado. No início deste ano, em fevereiro, Gustavo fez uma cirurgia de rizotomia – interrompendo a função dos nervos sensitivos da dor – e, desde então, a mãe que era Uber está sem trabalhar, pois o acompanhamento ficou ainda mais intenso.
Antes as fisioterapias eram feitas na APAE de Três Coroas, através do SUS e algumas pagas, sendo em média de três por semana. Com a cirurgia se tornou necessário fazer fisioterapia especializada, o que nem o SUS e o convênio que possuem cobre.
A mãe explica que esta reabilitação é feita em uma clínica de Gramado, com estímulos especiais para o caso de Gustavo.
Sabrina diz que o filho já apresentou uma grande evolução desde o procedimento e, agora, o próximo passo é uma cirurgia na perna direita, que é torta, e nos pés, que estão para fora; a previsão é que seja realizada ainda em novembro deste ano.
Ajudando o Gu a dar seus passos sozinho
“Ele é uma criança muito alegre, muito esperta. O cognitivo dele não foi afetado em nada. Então tudo o que a gente fala ele entende. É uma criança muito esforçada, que tem vontade de fazer as coisas. Então estimulando, com mais um tempo de tratamento, eu acredito que a gente consiga ajudar ele a dar seus passos sozinho”, diz a mãe, confiante e cheia de fé.
Sabrina não mede esforços. Alugou a casa que tem na Serra Grande para, assim, custear as despesas. Estão morando em um sítio do tio das crianças, em Linha Moreira, Três Coroas. “A gente se vira. Vendo minhas coisas, frutas, pinhão. Estamos sobrevivendo de doações, tem bastante gente que doa cesta básica, leite, fraldas”.
Quanto aos medicamentos, alguns vem pelo SUS e outros precisam ser pagos. A gasolina, também, é um considerável gasto na família já que os deslocamentos são praticamente diários para os tratamentos.
Você também pode contribuir
Desta forma, estão sendo organizadas ações em prol de Gustavo com a hashtag #todospeloGu, para custear tratamentos. Uma delas é a rifa que tem como prêmio uma bicicleta que será sorteada na véspera do natal. Cada número custa R$ 2 e, para comprar, basta entrar em contato com a mãe pelo 054 99643-8869.
Além disso, qual tipo de doação pode ser feita através do Pix: 019640720-69. “Qualquer ajuda sempre é bem-vinda para a gente. Estamos contando com todo mundo”, relata a mãe.
Morador de Herval doou
cadeira de forma anônima
Há alguns dias um morador de Santa Maria do Herval, que preferiu ficar no anonimato, doou uma cadeira de rodas nova para Gustavo no valor de mil reais. “Quero muito agradecer a essa pessoa anônima. Que Deus ilumine e abençoe cada vez mais a vida dela, porque ela é abençoada por poder nos ajudar sem nos conhecermos. Deus tocou no coração desta pessoa e nos ajudou”, agradeceu Sabrina.
Triciclo
Gustavo tinha um triciclo de brinquedo, que utilizava para se locomover pelo sítio. Mas ela estragou. “Era assim que ele ia de um lado para o outro”, conta a mãe.