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AME JOÃO EMANUEL: “União e muito amor”, resume voluntária sobre campanha”
Representante comenta sobre ações em prol do menino
Por Felipe Faleiro
Lindolfo Collor – A campanha em prol de João Emanuel Rasch Schropfer encerrou há alguns dias, mas a mobilização para o menino que comoveu o País ainda reverbera por todos os lugares. Não são poucas as histórias de superação e emoção contadas por aqueles que estiveram por dentro da ação ao longo deste último ano e meio.
O Diário promoveu, no final da semana passada, uma live com Simone Schilling, técnica de Segurança do Trabalho, e moradora de Lindolfo Collor, assim como João, os pais Luciana Rasch e Édio Schropfer. Na ação em benefício ao menino, ela foi mais conhecida como a responsável pelas vendas. Engajada desde o começo, Simone concedeu um emocionante depoimento.
Ao longo de cerca de 45 minutos, a live foi vista por inúmeras pessoas, que puderam acompanhar, pelo Facebook, o relato preciso dela, em formato de agradecimento. Simone é uma representante de uma campanha que engajou milhares de pessoas e pôde arrecadar, no prazo, o valor de R$ 10,9 milhões, suficiente para João Emanuel adquirir o Zolgensma.
Confira, a seguir, um trecho da entrevista, com alguns dos principais pontos comentados por ela, e veja a live completa no Facebook ODIARIONET. Entre os comentários feitos, estão de que ainda não há uma data para João receber o tratamento de fato, mas isto deve acontecer, segundo ela, nos próximos “dias ou semanas”, e ainda que o pagamento pelo Zolgensma já foi realizado.
Leia um trecho da entrevista
Diário: Ao final da campanha, como você pode avaliá-la?
Simone Schilling: Com duas palavras: união e muito amor. Não há como explicar. É a mesma coisa quando a gente realiza um sonho, tem desejo de comprar alguma coisa muito aguardada. É uma felicidade. Claro, não se compara o que, hoje, o João conquistou. Tenho certeza que todos os voluntários, e todos os que também doaram, estão felizes. O que mais recebemos hoje são palavras de apoio, inspiração e gratidão por tudo o que aconteceu.
Diário: Como você se engajou na campanha e como avalia sua experiência nela?
Simone Schilling: Eu tinha um desejo muito grande de ajudar o João, e não sabia como. No início, somente compartilhava o que era postado. As pessoas começaram mais vendendo máscaras e coletando recicláveis. Então, entraram em contato comigo para vender biscoitos. Fiquei receosa no começo. Levou umas duas semanas até perceber que estava dando muito certo, e o lucro era muito bom. Em 15 dias de vendas, foram mais de R$ 2 mil para o João. Me empolguei depois e começamos ir atrás de cuias, xícaras, entre outros. Não tinha experiência nenhuma em vendas.
“As pessoas me diziam que era muito dinheiro. Nunca pensei desta forma”
Diário: Você imaginou, em algum momento, que a história do João Emanuel tomasse a proporção que tomou?
Simone Schilling: Tenho dois pontos sobre isto. Eu, particularmente, sempre acreditei que conseguiríamos o medicamento para o João. Nunca achei que não daria. Sou uma pessoa muito negativa em vários aspectos da minha vida, e não sei como explicar, é algo que mexe muito comigo. Mas era um sentimento muito diferente, sempre acreditei que o João conseguiria. As pessoas me diziam que era muito dinheiro. Nunca pensei desta forma. Agora, que ia alcançar tanta gente, que chegaria no nível que chegou, eu não imaginava. É uma coisa que, com o passar do tempo, das pessoas do marketing, mídia, buscando artistas, acompanhando isto, acreditava que teríamos apoio de mais gente. Mas foi com o passar do tempo. É inexplicável nosso sentimento.
Diário: Qual você acredita que tenha sido o “ponto de virada” da campanha, que trouxe um engajamento maior?
Simone Schilling: Há o ponto da arrecadação total, mas acho que a virada veio com a negativa da Justiça. A partir deste momento, começamos a arrecadar de forma que não havíamos tido até então. Tanto que fevereiro último foi o mês que a gente mais arrecadou. Demoramos tanto para atingir o primeiro e segundo milhões. Mas houve muitos pontos que ajudaram a engrandecer a campanha e fizeram ela se tornar conhecida, na minha opinião: o vídeo que atingiu 4 milhões de visualizações, o pessoal da aviação, artistas, e acho que a Sheila Bellaver, que se tornou embaixadora da campanha e ajudou a divulgar bastante.
“O que mais recebemos hoje são palavras de apoio, inspiração e gratidão”
Diário: Alguma palavra sua para este pessoal que, mesmo de tão longe às vezes, ajudou na causa?
Simone Schilling: Desde a primeira pessoa, do ponto inicial, até a que encerrou, quem doou, se voluntariou, quem fez as artes no computador, ou quem estava na rua escutando as pessoas, todos, de uma forma geral, merecem esta valorização. Fico imensamente grata, e o João parece que é meu filho. Se não tivesse o início, não haveria o final. E todos, de forma geral, foram maravilhosos.
Veja a entrevista completa
Aponte também a câmera do seu celular para o QR Code a seguir e confira a entrevista completa publicada no Facebook ODIARIONET.