ANIVERSÁRIO DE PICADA CAFÉ: Cidade dos lírios aguarda visitante de braços abertos

Encantos naturais e belezas históricas são um prato cheio para os turistas de todo país

No embalo da Rota Romântica, que leva o turista para a Serra Gaúcha, o primeiro destino que se destaca na chegada a região é Picada Café. A propriedade que pertenceu a Jorge Kuhn hoje abriga um parque que recebe o mesmo nome. O local é repleto de história, além do ambiente aconchegante e se torna um dos principais atrativos de Picada Café.

Mas não é só no centro que os lugares de visitação estão. No caminho para a Joaneta tem a Praça Joana Francisca de Chantal (Morro Pelado) e a Casa de Cultura, em um prédio feito em técnica enxaimel. O turismo religioso também é forte e a cidade conta com quatro pontos de visitação: a igreja católica da Joaneta, a igreja evangélica São João, A ihreja católica de Jammerthal, datada de 1898, e o Memorial da Fé, na Picada Holanda.

PARQUE HISTÓRICO JORGE KUHN

O Parque Histórico Jorge Kuhn preserva prédios históricos que ajudam a contar a história de Picada Café. Anexo ao prédio principal fica um moinho com roda de ferro. A função era a moagem dos grãos de milho, vendidos pelos colonos aos comerciantes, para fazer farinha que seria revendida. A casa com o moinho é datada de 1928 e é o principal cartão postal do município.

CASA COMERCIAL CHRISTIAN KUHN – A casa foi construída a partir de 1880 em três épocas diferentes, na técnica em enxaimel, com armação típica em madeira e preenchimento em pedra grés. É a primeira construção em enxaimel reconstruída no complexo dos Kuhn e era a casa de oração, da primeira comunidade evangélica de Picada Café. Na parte central foi instalada a venda de secos e molhados, numa das extremidades, quartos para hospedes e familiares, no sótão pernoitavam os tropeiros. Existiam ainda também a sala para o médico e dentista. Na outra extremidade, a residência da família Kuhn. O espaço maior da venda era palco para bailes, jogo de baralho e para negócios acompanhados de alguma bebida sem tempo e hora pré-estabelecida

MUSEU DO AÇOUGUE – O Açougue Progresso foi construído por volta de 1941 pela família Kuhn e permitia a industrialização da carne de gado e suína, utilizadas na fabricação de linguiças, torresmo, banha e produtos para consumo in natura. O Açougue fez parte de uma pequena estrutura que pode ser encarada como uma agroindústria primitiva. Do conjunto histórico edificado concentrado Parque Jorge Kuhn, o prédio do açougue foi o primeiro a ser revitalizado, reestruturado e preparado para virar um museu.

RELIGIÃO

A religião também é muito forte no município nas comunidades católica e evangélica. São quatro importantes igrejas, além das capelas menores espalhadas pelas comunidades. Entre as principais estão a igreja católica na Joaneta, a católica do Jammerthal, o Memorial da Fé, na Picada Holanda, e a igreja Evangélica São João.

MEMORIAL DA FÉ – A Capela Nossa Senhora da Visitação, na Picada Holanda, atualmente abriga o Memorial da Fé e foi tombada como patrimônio histórico do município em 1998. Mesmo dessacralizada, a capela continua sendo espaço de devoções, cultos, cerimônias de casamento e eventos culturais, com ênfase na música erudita. A essa mostra como a comunidade continua investindo na fé em continuidade a uma tradição histórica. A capela da localidade é a mais antiga que se tem conhecimento no município, datada em 1853, poucos anos após a chegada dos primeiros imigrantes.

Igreja da Picada Holanda é a mais antiga do município (Foto: Gian Wagner)

MIRANTE EDGAR MICHAELSEN
Mirantes, pela natureza da proposta, costumam ser bonitos. O Mirante Edgar Michaelsen, que fica em Quatro Cantos, exibe uma belíssima paisagem para a serra verdejantes. Também é possível ver no vale o município.

PRAÇA SANTA JOANA FRANCISCA

Fica em um morro que é de fácil acesso e fica ao lado do Rio Cadeia, muito procurado no período do verão. Possui um mirante que permite a visualização do leito do Cadeia. No local, em seu ponto mais alto, está a imagem de Santa Joana Francisca de Chantal em reverência e fé da padroeira da comunidade.

CASA DE CULTURA

Conforme relatos de moradores, acredita-se que ela tenha abrigado uma escola comunitária e foi sede do Centro Recreativo da vila Sociedade Joaneta Riograndense. Durante muito tempo, este espaço constitui-se como o único centro recreativo da vila. Foi sede da subprefeitura e passou a ser residência dos subprefeitos. Atualmente, a edificação está tombada. Com a restauração da casa antiga e implantação da Casa de Cultura Joaneta, a comunidade passou a ter um espaço para a realização de exposições e oficinas artísticas e culturais. É um espaço de visitação e resgate da história da localidade.