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ANIVERSÁRIO DE PICADA CAFÉ: Indústria calçadista é o motor que move Picada Café

17/03/2022 - 17h38min

João Ricardo Schaab é o presidente do sindicato dos calçadistas

Economia é aquecida pelo setor que emprega moradores locais e de cidades vizinhas

As fábricas de calçados, desde que surgiram, foram as principais responsáveis pela arrecadação de Picada Café. Tudo começa muito antes de Picada Café se tornar município. A primeira empresa que pensou no setor do calçado, neste caso, da matéria prima, foi o Curtume Ritter. Fridolino Ritter comprou a fabriqueta que ficava em Linha Nova do tio Oswaldo Ritter no ano de 1943. Alguns registros contam que foi difícil no início ter funcionários, já que os jovens trabalhavam na agricultura, o que mudou nos anos seguintes. Nos anos 60 a fábrica de Utzig era pequena e começou a crescer, se tornando mais tarde a Caflex, provavelmente a pioneira ou uma das primeiras a existir na Picada Café. Em 1977 surgiu a Dakota (que em 1994 viria a se mudar para Nova Petrópolis. Outra grande empresa que nasceu antes de Picada Café virar município foi a Calçados Brochier, que na sua dissolução se transformou no que hoje são a Cooper Shoes e Sugar Shoes.

SINDICATO FORTE

Um setor forte precisa de um sindicato forte, e é para isso que João Ricardo Schaab trabalha. Há cerca de 20 anos ele é presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Calçados e Vestuário de Picada Café e Nova Petrópolis. Atualmente são cerca de 2 mil associados, entre Nova Petrópolis e Picada Café. Dois mil também é o número aproximado de empregos em Picada Café. Porém, o presidente lembra que nem todos os trabalhadores são moradores da cidade. “Muitos vêm de municípios vizinhos em busca de emprego”, explica Schaab. O presidente também comenta que atualmente um dos principais problemas enfrentados pelas empresas calçadistas, em especial as cafeenses, é a rotatividade de mão de obra somada a escassez de profissionais. “Muitas pessoas trabalham longe de casa. Aí, quando surge uma oportunidade de trabalhar mais próximo, elas trocam de emprego”, explica o presidente. Já a falta de profissionais se deve a saída dos antigos profissionais da indústria, somados ao fenômeno na rotatividade que dificulta e até impede um iniciante de aprender uma profissão dentro da indústria.

BENEFÍCIOS – O sindicato da categoria oferece auxílio aos trabalhadores da indústria. São diversos tipos de auxílios aos associados, como convênio médico e dentistas. “Estamos sempre trabalhando para atender o associado da melhor forma”, diz o presidente.

 

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