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“Ao lado das nossas filhas, estou reaprendendo a viver sem ele”

27/07/2019 - 11h34min

Atualizada em 29/07/2019 - 08h40min

Dois Irmãos – A última vez que eles estiveram juntos, se despediram de forma carinhosa. Ela estava deitada, ainda era madrugada, quase amanhecendo. Ele se aproximou dela, lhe beijou no rosto, numa troca de carinho que era rotina antes dele pegar a estrada. O dia passou, ele faria mais uma viagem, como tantas outras para a Serra. Ela, dormiu mais um pouco e depois também seguiu para o trabalho. Infelizmente, um acidente de trânsito mudou a vida de Janete Eckert e das filhas Sabrina, 22, e Bruna, 13. O marido e pai, Wanderlei Lucas Heinzen, 40 anos, chamado por todos de Lei, por causas ainda investigadas, sofreu um acidente de trânsito com o caminhão e faleceu no local, no município de Farroupilha, no último dia 21 de junho.

Por ligação, Janete descobriu o acidente. Uma inspetora da Polícia Civil entrou em contato e contou sobre o ocorrido, mas não chegou a confirmar a morte, disse que Lei não estava nada bem. A confirmação da pior notícia da vida de Janete ocorreu pouco tempo depois, quando um amigo da família chegou na residência. “Senti o mundo desabar, não queria acreditar”. O apoio dos amigos e familiares foi o que ajudou ela e as filhas no primeiro momento. “O velório dele tinha muita gente. Isso foi uma prova do quanto ele era querido, do quanto era uma pessoa boa, de boa índole”.

“Ele dizia que a gente iria envelhecer juntos”

Wanderlei era motorista de caminhão há mais de 20 anos e também era conhecido por ser laçador. Ele tinha paixão pelo tradicionalismo e integrava o CTG Capivarense, em Lindolfo Collor. Há sete anos, laçava e já tinha trazido alguns prêmios de rodeio para a casa. A família reside no bairro Travessão, onde ele era muito querido por todos. Por um curto período, de dois anos, chegou a ser açougueiro em um mercado do bairro, mas o que ele gostava mesmo era da profissão de caminhoneiro. “Ele sempre foi muito cuidadoso no trânsito e o mesmo cuidado tinha com o veículo. Por isso, ainda não conseguimos entender disso da cabine ter sido lançada para a frente. Tudo ainda é confuso”.

Janete está encontrando forças ao lado das duas filhas para seguir em frente. “Ao lado das nossas filhas, estou reaprendendo a viver sem ele. A ficha ainda parece que não caiu, quando estou em casa, parece que ele vai entrar a qualquer momento de uma viagem. Hoje, parece que falta algo em mim, como se eu tivesse caminhando só com uma perna. A saudade é imensa, mas procuro sempre lembrar dos bons momentos com ele. O fim de semana ainda é o pior para enfrentar, pois estávamos sempre juntos, em rodeios ou outros programas. Ele sempre dizia que a gente iria envelhecer juntos. Isso não acontecerá mais, mas vou seguir em frente com nossas filhas”.

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