Geral
Após pressão, governo estadual sinaliza liberação de R$ 10,8 milhões do Fundoleite
Região – Após a pressão do deputado Elton Weber (PSB) e de entidades do setor lácteo para a liberação de recursos retidos no Fundoleite há três anos, o governo estadual sinalizou, nesta quinta-feira (29), R$ 10,8 milhões para atender a oito projetos. Na reunião da Comissão da Agricultura da Assembleia Legislativa convocada a pedido de Weber para esclarecimentos, o secretário adjunto da Secretaria Estadual da Agricultura, Márcio Madalena, afirmou que a resolução da Secretaria que permitirá que isso ocorra será publicada na semana que vem. Ela ajusta regras do Fundoleite a pedido da Cage, como a revisão do prazo para uso das contribuições.
Após a resolução haverá um passo a passo a ser cumprido, incluindo a apresentação de documentação pelas sete empresas que serão beneficiadas. São elas Lactalis (1 projeto), Friolack, (1 projeto), CCGL, (1 projeto), Santa Clara, (1 projeto), Stefanello, (1 projeto), Piá (2 projetos), e Italac (1 projeto). A expectativa do secretário é que a liberação dos recursos ocorra até o final deste ano. O Fundoleite tem saldo atual de R$ 32 milhões.
“Acredito que funcionou, conseguimos avançar com a nossa mobilização para que se resolvesse essa situação que afligia agricultores, indústrias e entidades há anos. Muito importante também que o destravamento ocorra neste momento de dificuldades no campo, afetado pela seca, pelos altos custos e preços deprimidos pelas importações de lácteos”, festejou Weber.
Presente ao encontro representado as indústrias, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, comemorou o anúncio parcial. “O Fundoleite será o grande diferencial do setor de lácteos do Rio Grande do Sul e trará um ganho consistente à divulgação da produção gaúcha, trazendo ganho a todos os agentes do setor. Mas essa é uma política que precisa ter continuidade”, alertou lembrando que há mais de dez projetos na fila.
Em participação virtual, o vice-presidente da Fetag, Eugênio Zanetti, pediu celeridade no atendimento dos projetos. “Não dá para admitir um fundo com R$ 30 milhões em caixa parado, especialmente neste momento de extrema dificuldade”. Já o Assessor Executivo da Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (APIL), Osmar Redin, sugeriu que o Fundoleite seja transformado num modelo com gestão privada.