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Arqueólogos descobrem restos de 227 crianças sacrificadas

28/08/2019 - 16h10min

Atualizada em 28/08/2019 - 16h12min

Um grupo de arqueólogos descobriu os restos de 227 crianças oferecidas em um ritual da cultura pré-colombina Chimu, na costa norte do Peru. Esta é a maior descoberta de sacrifícios de menores do mundo.

Até agora encontramos os restos de 227 crianças sacrificadas da cultura Chimu”, disse o arqueólogo Feren Castillo, que fez parte da equipe. As escavações começaram em 2018.
O local de sacrifício foi descoberto no setor Pampa La Cruz em Huanchaco, um município litorâneo de Trujillo, a terceira cidade do Peru, a 700 km ao norte de Lima.

O local de sacrifício foi descoberto no setor Pampa La Cruz em Huanchaco, um município litorâneo de Trujillo, a terceira cidade do Peru, a 700 km ao norte de Lima.

“Fizemos datação por radiocarbono e pudemos verificar que são da cultura Chimu, porque as datas correspondem à época em que os Chimus controlavam a costa norte do Peru”, continua Castillo.

A equipe acredita que é possível que esses sacrifícios tenham como objetivo aplacar os desastres naturais ligados ao fenômeno climático El Niño:

Encontramos evidências de chuva, o que sugere que esse sacrifício foi feito durante um fenômeno de El Niño, um evento climático em a costa norte do Peru”.

O sítio de Huanchaco não representa a primeira descoberta maciça de crianças sacrificadas em Pampa La Cruz. Em junho de 2018, foram encontrados restos de 56 crianças.

Pampa la Cruz fica a dois quilômetros de Huanchaquito, onde em abril de 2018 foram descobertos os restos de 140 crianças e 200 lhamas oferecidas em um ritual similar, cujos restos datam do período entre os anos 1400 e 1450.

A civilização Chimu se estendeu ao longo da costa peruana até o atual Equador. Ela desapareceu por volta do ano 1475 ao ser conquistada pelo império Inca.

Fonte: RFI

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