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As marcas do bullying: a prática que gera traumas e destrói o psicológico das pessoas
Região – Raiva, tristeza, solidão, depressão, tortura psicológica e física. Todos esses sentimentos e fatores estão atrelados a quem sofre com o bullying, prática que consiste em menosprezar, maltratar e atormentar algum indivíduo seja pela cor da sua pele, característica física, opção sexual, etc. Mais frequentemente ocorrido no ambiente escolar, essa ação pode refletir na vida da pessoa que o sofreu durante anos, provocando traumas, até mesmo irreparáveis.
De acordo com a psicóloga Vanessa Fernandes de Azevedo, o bullying é de natureza repetitiva e intencional, realizado por um ou mais agressores direcionado a uma ou mais vítimas. Compreende agressões desde formas sutis e difíceis de identificar através de supostas “brincadeiras”, fofocas, apelidos, difamações, rotulação pejorativa e exclusão social, até formas mais evidentes que implicam contato físico, como chutes, socos, beliscões, empurrões.
“A infância e adolescência são um tempo precioso e delicado, tempo em que o sujeito está em constituição psíquica. Sofrer violência neste tempo pode influenciar negativamente seu desenvolvimento. Se essa pessoa não tem uma rede de apoio em situação de bullying, um adulto atento a esse sofrimento, ela pode se desenvolver com essas marcas e essas marcas produzirem efeitos consideráveis na vida dela”, destacou a psicóloga.
Ainda de acordo com Vanessa, o adulto que sofreu bullying pode desenvolver quadros depressivos e de ansiedade, além de ter dificuldade em relacionar com pessoas, manter relacionamentos amorosos, falta de confiança, baixa autoestima, dificuldade na tomada de decisões.
A orientadora educacional, Margarete Heinle, atua em duas escolas da região. Ela conta que para combater esse tipo de ação, sempre utiliza a frase ‘Eu gostaria que isso fosse feito comigo também?’, para assim, mostrar aos outros como isso pode ser prejudicial. “É um trabalho contínuo, mas priorizamos a conscientização. Sempre no início do ano letivo, fazemos questão de mostrar para os alunos as regras de convívio da escola. Caso a mensagem não seja respeitada, precisamos intervir”, comenta.
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