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As marcas do bullying: conheça a história de quem encontrou na música um refúgio para superar o trauma
Região – Bullying, prática que consiste em menosprezar, maltratar e atormentar algum indivíduo seja pela cor da sua pele, característica física, opção sexual, etc. Mais frequentemente ocorrido no ambiente escolar, essa ação pode refletir na vida da pessoa que o sofreu durante anos, provocando traumas, até mesmo irreparáveis.
Vamos contar a história do Antônio (nome fictício). Antônio destaca que o bullying começou com apelidos pejorativos e dali as coisas foram evoluindo. Depois de um tempo, em algumas oportunidades, ele voltava para casa com marcas de beliscões, de chutes, provenientes de humilhações físicas que sofria. Porém, essa não era a pior dor. ”O que mais me machucava era a dor psicológica. Para mim, era muito difícil compreender e aceitar tudo o que acontecia. Eu me sentia muito mal por dentro. As pessoas responsáveis eram, na maioria, meus ‘amigos’ e eu tinha medo que, se eu dissesse algo contra, acabaria ficando sozinho”, relatou.
O poder da música
Durante 10 anos Antônio viveu esse drama, mas algo o ajudou a superar tudo isso: a música. Segundo o garoto, ele sabia que não podia contar com ninguém que estivesse próximo, nem mesmo seus pais. Então acabou se voltando para uma banda que mudou a sua vida. “As letras das músicas deles eram tudo o que eu precisava ouvir. Eles me faziam manter a calma e pensar em tudo que estava acontecendo na minha vida. Além do mais, a história deles era semelhante a minha. Os membros também sofreram bullying, e de formas piores que eu. Eles sabiam pelo que eu estava passando e isso foi importante pra mim. Eu finalmente havia encontrado alguém com quem eu pudesse contar”, destacou.
Hoje, já um adulto, Antônio conta que depois de um tempo se tornou uma outra pessoa. “Atualmente posso dizer que já consegui superar quase tudo, mas percebo que isso afetou a pessoa que eu poderia ter sido. Se eu não tivesse passado por tudo aquilo, acredito que seria diferente do que sou hoje. Tenho muito orgulho da pessoa que me tornei”, comenta Antônio, que confessa que é muito difícil ainda confiar completamente nas pessoas.
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