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As médicas cubanas de Estância Velha estão indo embora

20/11/2018 - 10h51min

Atualizada em 20/11/2018 - 11h00min

Estância Velha – Após a decisão de Cuba de retirar os médicos que atuam no Programa Mais Médicos, as cinco profissionais que atuam no município estão de partida. A data ainda não está definida, segundo o secretário de Saúde Mauri Martinelli, visto que as passagens ainda não foram enviadas.

As médicas atuam na rede de atenção básica do município e são muito queridas pelos colegas e pelos pacientes. “O trabalho dela é maravilhoso e tem uma ótima relação com os colegas e com os pacientes”, afirma a enfermeira de saúde coletiva Lizandra Bertazzon, que atua no posto do centro.

Por determinação do governo cubano, as médicas não puderam dar nenhuma declaração à imprensa. Lizandra ainda comenta que a médica – que atua com saúde da família – cumpre os horários e sempre está pronta para ajudar. “Mesmo quando ela encerra os atendimentos, se alguém precisa, ela continua e ajuda. Está sempre disposta”, comenta a profissional.

A decisão do governo cubano pegou todos de surpresa. “Estamos bem assustados. Todas as cubanas trabalham bem e são queridas pela população. É uma grande perda para nós e para os pacientes também”, afirma. Ela afirma que ainda não sabem como será feita a reposição e até quando a médica atua na unidade.

Uma perda para os pacientes

Todos que foram atendidos pelas profissionais nas unidades de saúde do município teceram elogios ao atendimento prestado por elas. “O atendimento sempre foi ótimo e ela é bem atenciosa com a gente”, comentou Rosângela Campos, atendida pela médica da unidade do Rincão dos Ilhéus. Para ela, as profissionais farão falta.

Perda será emocional, diz Mauri

Para o secretário de Saúde da cidade, a maior perda com o retorno das médicas cubanas ao país de origem será emocional. “Nós temos contrato com uma empresa que já presta serviço médico para nós, então é só uma questão de ajuste. Nós vamos sofrer o impacto, acho que mais, pelo emocional, do paciente que tinha um vínculo com elas”, afirma.

Ele comenta que sempre recebeu relatos de pacientes sobre a forma como as médicas faziam seu atendimento. “Não sou eu que estou dizendo, são os usuários, elas dão uma atenção, ouvem os pacientes, uma conversa que muitos médicos brasileiros não fazem”, diz. Ele afirma ainda que os pacientes dizem que vão sentir a diferença no trato humano que elas tê.

A viagem de retorno pode acontecer a qualquer momento entre os dias 30 de novembro e 15 de dezembro, porém ainda não tem data definida. Por ora, as médicas seguem trabalhando dentro dos contratos que ainda estão vigentes – salvo uma das médicas que estava de férias em Cuba e não deve retornar. “Estamos dando todo o suporte para elas neste período em que estão aqui e elas estão correspondendo. Estamos preparados para dar todo o suporte para elas. Assim como foram bem recebidas, terão um atendimento igual na partida”, afirma o titular da pasta

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