Assassino de mulher em Nova Petrópolis tem julgamento marcado

Nova Petrópolis – Está marcado para o dia 27 de abril, às 9 horas no Fórum, o julgamento via Júri Popular de Fábio Silva de Alvarenga, de 45 anos, acusado de ter matado e escondido o corpo de Marli Salete Pinheiro Paes, de 41 anos, no dia 1º de agosto de 2021, na casa da vítima, bairro Vila Germânia. Alvarenga, que confessou o crime em seu primeiro depoimento na Delegacia de Polícia Civil de Nova Petrópolis, e depois mudou a versão alegando que havia sido torturado e obrigado a confessar, está preso há um ano e meio na Penitenciária Estadual de Caxias do Sul.

Alvarenga assassinou a vítima com golpes de faca e enrolou seu corpo em um cobertor para escondê-lo embaixo da cama, já na madrugada de domingo, 1º de agosto. Ele ainda permaneceu na casa até a segunda-feira, 2, quando furtou uma televisão da vítima, vendeu e usou o dinheiro para fugir. O corpo de Marli Salete só foi encontrado na noite de quarta-feira, 4, após o próprio assassino ter mandado mensagens de celular para outro homem avisando que a vítima estava morta e o mesmo aconteceria com ele.

Fábio Silva de Alvarenga, preso pelo assassinato de Marli Paes, em Nova Petrópolis (Créd.: Dário Gonçalves)

Levando consigo o celular da mulher que matou, Alvarenga passou a usar as redes sociais dela para debochar da vítima, fazendo postagens dizendo que ela estava morta e que agora vivia em um cemitério. O criminoso também debochava e ameaçava os policiais civis que estavam à sua procura. Ele acabou sendo capturado cerca de duas semanas depois, em São Paulo, no dia 16 de agosto, em uma pensão.

Preso, ele foi trazido de volta para Nova Petrópolis, onde confessou inicialmente o crime e depois foi levado ao presídio de Caxias do Sul, onde permanece. Neste tempo em que está recluso, Alvarenga foi abandonado pela advogada que o representava e, negando o crime, passou a pedir transferência para Brasília, onde havia uma mulher com quem ele dizia querer se casar.

Durante o depoimento, via videoconferência, Alvarenga não autorizou o uso de sua imagem (Créd.: Dário Gonçalves)

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