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Bebê tirado de ventre de mãe assassinada por amiga recebe alta

08/09/2020 - 16h11min

Atualizada em 08/09/2020 - 16h17min

Flavia Godinho Mafra tinha 25 anos quando foi assassinada

A criança retirada à força do ventre da mãe, que foi emboscada por uma amiga na cidade de São João Batista/SC, teve alta nesta semana. A criança estava internada há 10 dias no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, se recuperando de ferimentos causados pelos acusados do crime ocorrido no último dia 28 de agosto, quando um casal abriu o ventre de Flavia Godinho Mafra usando estilete.

A criança tinha marcas profundas nas costas, mas se recupera bem e está em casa com o pai.  No domingo, a Igreja Matriz de Canelinha, cidade natal de Flávia, recebeu a missa de sétimo dia da mulher grávida assassinada no dia 28 de agosto. Após a cerimônia em homenagem à vítima, amigos e familiares saíram em carreata pelas ruas da cidade pedindo justiça.

Um telão foi montado do lado de fora da capela para transmitir a cerimônia, como forma de evitar aglomeração, devido à pandemia de Covid-19.

Investigação

Todas as imagens de videomonitoramento das cidades de Canelinha, onde residia Flávia, e São João Batista, onde ocorreu o assassinato, estão com a Polícia Civil de Tijucas. Segundo o delegado Paulo Alexandre Freyesleben e Silva, eles irão analisar o conteúdo e produzir o relatório detalhado do caso.

Os celulares encontrados na casa da suspeita ainda estão no IGP (Instituto Geral de Perícias). O casal investigado por assassinar a jovem de 25 anos foi denunciado pelo Ministério Público na sexta-feira (4). A denúncia foi aceita na sequência pelo juiz Luiz Fernando Pereira de Oliveira, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Tijucas.

Assim, os dois se tornam réus pelo crime brutal. Ambos foram denunciados pelos crimes de homicídio qualificado, com as qualificadoras de feminicídio, motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e, ainda, pelo crime ter sido cometido por emboscada e mediante dissimulação.

De acordo com a denúncia, assinada pelos promotores de Justiça Mirela Dutra Alberton, Alexandre Carrinho Muniz e Fred Anderson Vicente, o casal ainda foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado, por dificultar a defesa da vítima, contra o bebê.

 

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