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Brasil enfrenta a pior seca da história
O Brasil está vivenciando a mais grave seca registrada nos últimos 70 anos. De acordo com o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, desde 1950 não se observava uma situação de seca tão severa no país. O Cemaden utiliza o Índice de Precipitação Padronizado de Evapotranspiração (SPEI) para avaliar e monitorar a seca, que considera tanto a quantidade de precipitação quanto a perda de água devido à evaporação e transpiração das plantas.
Municípios
O boletim de monitoramento de agosto revelou que 3.978 municípios brasileiros enfrentam algum nível de seca. Dentre estes, 201 estão em condição de seca extrema. A previsão para setembro é preocupante, com a estimativa de que o número de municípios afetados suba para 4.583, dos quais 232 estarão em seca severa.
Previsão de agravamento
A situação pode se deteriorar ainda mais, já que as previsões indicam um atraso no início da estação chuvosa. Este atraso poderia exacerbar ainda mais a crise hídrica enfrentada pelo país.
Impacto em terras indígenas
O boletim de agosto também apresenta dados alarmantes sobre as terras indígenas. Atualmente, 45 dessas áreas estão classificadas como enfrentando seca extrema, e 161 estão em condição de seca severa. A maioria dessas áreas afetadas está situada nas regiões Norte e Centro-Oeste.
Consequências para a agropecuária
O número de dias secos consecutivos ultrapassou 120 em muitas regiões ao longo de 2024, o que pode ter sérios impactos na agropecuária, especialmente nas safras de milho e feijão. No ano passado, aproximadamente 30% dos municípios brasileiros registraram pelo menos um mês de seca severa, extrema ou excepcional, o que ressalta a gravidade da situação atual.
A crise hídrica continua a se intensificar, e medidas urgentes podem ser necessárias para mitigar os impactos na agricultura e na vida das pessoas afetadas.