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Casal aposentado continua na roça produzindo para o seu sustento em Santa Maria do Herval

08/05/2021 - 11h50min

Glaci e Paulo na plantação de mandioca. Bem ao fundo, o neto Felipe se escondendo (FOTOS: arquivo pessoal)

Por Cleiton Zimer

Santa Maria do Herval – A vida no interior é calma, mas repleta de significados e alegrias cotidianas mesmo que nas coisas mais simples. O casal de aposentados Glaci Frohlich, 60 anos, e Paulo Frehlich, 61 anos, mora na localidade de Padre Eterno Baixo. Eles se ocupam com os afazeres domésticos, além de manter o trabalho na roça para seu sustento. Plantam de tudo, desde batatas, mandioca e milho. A maioria é para consumo próprio, o que sobra, vai para os filhos e, se ainda tiver algo, vendem. Tem ainda um açude.

Glaci e Paulo se conhecem desde criança, já da época da escola. As famílias moravam próximas uma da outra na mesma localidade, próximo à Serra Grande. Paulo revela que o namoro começou quando tinham 18 e 19 anos, durante um jogo de futebol, cujas partidas eram tradição na época e os locais eram pontos de encontro das comunidades.

Casaram no dia 17 de janeiro de 1981. A união que já dura 40 anos frutificou em dois filhos: o Fabrício e o Cristiano; agora, já tem até um neto, o Felipe, que no próximo mês completará seis anos. “É muito bom ter ele com a gente. Tudo fica ainda mais bonito. Ele ainda não pode trabalhar, mas vai junto na roça e tenta ajudar”, destaca a avó.

Avô Paulo e o neto Felipe sempre estão juntos

Glaci colhe mandioca, o que não é consumido é vendido para as pessoas dos arredores

Da roça para a indústria

Glaci conta que sempre morou em Padre Eterno Baixo, desde que nasceu. Diz que gosta do lugar onde mora e ali pretende ficar para sempre. Ainda solteira trabalhava na roça e, depois de casada, seguiu na lavoura com Paulo. “Com o passar do tempo foi ficando difícil. As coisas não tinham mais preço e ficou inviável. Aí tive que ir para a fábrica”, disse.

Assim, trabalhou alguns anos na indústria calçadista. Quando os filhos nasceram ficou afastada, chegando a ficar cinco anos fora da fábrica. Mais tarde voltou, se aposentando em 1999, recebendo aposentadoria de 70% do salário que recebia. Mesmo assim continuou na fábrica por mais 11 anos. Paulo, diante do enfraquecimento da roça, também foi para a fábrica em 2000, ficando por 15 anos, até se aposentar. Hoje eles cuidam da dona Libera Frohlich, 82 anos, mãe de Paulo.

O casal também cuida de Libera Frohlich, 82 anos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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