Casal que tentou matar o filho ainda no ventre conquista o direito de ter encontros diários com o menino

Presidente Lucena – Hoje é dia 13 de abril de 2018. Três anos atrás, um crime cruel chocou a região e até mesmo o Estado. Um casal jovem ficou conhecido por ter tentado matar o filho, que ainda estava no ventre. Com um alicate, o pai Eduardo Alex Schmitt tentou arrancar o bebê da barriga da namorada Caroline Zimmer. O ataque provocou uma lesão gravíssima no crânio da criança, que ainda hoje teme-se o surgimento de consequências neurológicas na vítima.

Três anos se passaram e os processos instaurados para penalizar os acusados e para discutir sobre a guarda da criança avançaram. Um destes processos se encerrou em março deste ano. Mas o outro, em que imputa a Eduardo e Caroline o crime de tentativa de homicídio, está em fase final de instrução – que é o período processual de formação de prova para acusação e defesa -, mas deve se arrastar por um longo período ainda.

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O processo de destituição do poder familiar foi julgado improcedente. Ou seja, a Justiça decidiu que a criança permanecerá com a família dos réus. Já o processo de tentativa de homicídio ainda depende da conclusão das diligências para a formação da prova. Uma delas é a perícia nos aparelhos celulares apreendidos com o casal.

ENCONTRO MONITORADOS

Embora tenha decidido em manter a criança com a família, o Ministério Público se posicionou contra a devolução da guarda do menino a Eduardo Schmitt e Caroline Zimmer. Porém, mesmo sem terem reconquistado a guarda, Eduardo e Caroline conquistaram o direito de ter encontros diários com o filho. “Eles podem passar, por exemplo, o dia inteiro com a criança, mas não podem ficar sozinhos com ela. Sempre precisa ter alguém com eles”, informou a advogada Mariana Appel Klein, que atuava como procuradora dos avós paternos no processo de destituição do poder familiar.