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Caso criança ferida: Fundação Assistencial presta esclarecimentos na Câmara de Vereadores de Picada Café e pede mais respeito

19/04/2024 - 06h37min

Picada Café – A direção da Fundação Assistencial de Picada Café, mantenedora dos Centros de Educação Infantil Dona Martha e Joaninha, entidade que cuida de cerca de 70 crianças de 4 meses a 2 anos e 11 meses, esteve na sessão da Câmara de Vereadores na terça-feira, 16. Acompanhado de professores e pais a diretora Sandi Castro foi prestar esclarecimento a cerca das denúncias feitas pelo vereador Adão Pereira dos Santos na sessão do dia 9. Na ocasião Adão afirmou que uma criança teve um corte profundo na cabeça e orelha e que ninguém soube explicar a causa do ferimento, cobrando esclarecimentos.

ATINGIU BRINQUEDO

A diretora Sandi Castro afirmou que o corte na orelha e cabeça do menino pode ter sido causado no final do expediente quando esse, que ainda não caminha, caiu para o lado e atingiu um brinquedo. “Mas, em nenhum momento se viu esse ferimento. Tanto que a criança continuou a brincar e sequer chorou. Inclusive quando os pais o pegaram. O menino estava sorrindo e assim foi embora com os pais”, afirmou. Na hora da queda, afirma Sandi, uma professora trocava fralda e a outra brincava e realizava atividades com as demais.

PAIS VOLTARAM

Ainda de acordo com a diretora, tão logo perceberam o ferimento, os pais voltaram para a Fundação e indagaram do ocorrido. “O pai então questionou o que teria ocorrido. No entanto, a orelha não estava inchada e roxa, e muito menos sangrando muito como havia sido denunciado pelo vereador. O pai deu as costas, mas a mãe escutou o relato. A professora afirmou que pouco antes dos pais chegarem a criança caiu para o lado e atingiu um brinquedo, o que pode ocasionado o corte”, destacou. Ainda de acordo com Sandi, os pais procuraram a direção. Essa, por sua vez, explicou os fatos e afirmou que falaria com os professores a respeito do ocorrido. A diretora afirmou ainda que o vereador Adão Pereira dos Santos foi convidado a comparecer na Fundação Assistencial para que houvessem mais esclarecimentos. “O nobre edil deu de ombro à entidade, recusando o convite da diretora para que os fatos pudessem sem esclarecidos”, afirmou.

TRISTE E HUMILHANTE

A diretora afirmou que é triste e humilhante ter que explicar os fatos. “A exposição da instituição e dos profissionais que ali atendem com muito amor e carinho é triste e humilhante”, disse. Na ocasião da denúncia o vereador afirmou ainda que nas creches, as vezes, as crianças sofrem maus tratos. “Me chama a atenção desse depoimento. Todavia, já que ele nunca procurou a fundação, seja para ajudar, seja conhecer o trabalho ou auxiliar em alguma demanda. Fique sabendo que nossas crianças são muito bem cuidadas. Zelamos pela integridade a acolhemos todos os dias essas famílias e esses bebês. Se tornamos parte dessas famílias, já que essas crianças passam muito tempo conosco”, destacou. Para finalizar Sandi chamou de irresponsável o vereador ao tornar público e não buscar primeiramente a verdade dos fatos. “O que é reconfortante, no entanto, todo o apoio que esses profissionais recebem dos pais e da comunidade. Cada mensagem e palavras de carinho fazem todos continuarem seu trabalho voltado a educação e ao desenvolvimento das nossas crianças”, concluiu a diretora.

 

VEREADOR ADÃO

Apesar de ter a oportunidade, o vereador não se retratou. Sobre as declarações de Sandi, o edil disse que o vereador não é investigador, e sim quem cobra os esclarecimentos. “A gente não investiga, só cobra que tudo seja esclarecido. E nem foi os pais que me procuraram, mas sim eu que os procurei e esses relataram o ocorrido”, frisou. “A gente escuta relatos e se esses autorizam a gente torna público. Se a entidade se sentir ofendida se dá o devido espaço para que possa esclarecer”, detalhou. O edil sugeriu uma sindicância interna e ouvir tanto o professor, os médicos que atenderam a criança ou até um legista. “Mas isso fica a critério dos pais de querer investigar ou não mais a fundo”, acrescentou.

 

Trabalho defendido pelos demais

A respeito do assunto, outros vereadores se manifestaram, dando apoio a Fundação Assistencial. Para Adriane Marconi Mielke, o trabalho desenvolvido é excelente. “A gente sabe que quedas acontecem. Eu mesma tenho um filho lá e esse é muito bem atendido”, frisou. A edil também pediu incentivo a esses professores. “O salário do professor é baixo e acredito que esse deveria ser de R$ 5 mil por mês. Sabemos que é uma empresa particular, mas incentivo como vale alimentação pode ser buscado”, detalhou. Karin Spier defendeu o diálogo e que sempre procura as entidades antes de tornar público caso como esse. “As vezes sou questionada do porque não falar. Eu prefiro primeiro me certificar para depois sim me posicionar. A gente sabe do amor e da entrega desses professores para nossas crianças”, destacou. Outro que destacou o trabalho da Fundação Assistencial é Neudir Hübler. Kégo afirmou que os filhos passaram pela Fundação e que criança é criança. “A gente precisa primeiro investigar para depois se manifestar. Expôr crianças, pais e a entidade não é o correto e sim esclarecer”, detalhou. O edil falou do dia que ajudou a Fundação. “Um dia eu estava na creche Joaninha e me relataram que havia a necessidade de prateleiras. Meu patrão doou essa e eu e um amigo instalamos fora de hora. Mas esse contato foi importante. Muitas crianças juntas, correndo, brincando, onde uma queda pode ocorrer. Acima de tudo a fundação é essencial para nossa cidade”, afirmou Kégo.

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