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Chegou a hora da colheita do feijão em Santa Maria do Herval
Santa Maria do Herval – A cidade da Kartoffelfest não planta somente batatas, mas, também, uma grande variedade de outros alimentos, dentre as quais, o feijão, que agora está na sua época de colheita.
No município, o feijão é cultivado para a obtenção e o consumo de suas sementes, que são muito nutritivas. Atualmente, há um grande número de variedades cultivadas, que variam bastante na cor, forma e tamanho das sementes.
Na localidade de Padre Eterno Ilges, no interior de Santa Maria do Herval, a família de seu Egon Steffen cultiva feijão há vários anos. “Trabalho na roça desde criança e sempre plantamos feijão, todos os anos”, disse Egon, que tem 56 anos e, com entusiasmo, diz que quer “plantar feijão por mais uns 40 anos, se a saúde assim permitir”.
Produção grande
Egon conta que para essa temporada plantou cerca de 100 kg de feijão, que deve resultar em uma colheita significativa. “Tudo o que planto é para vender. Não tem como afirmar exatamente quantos quilos vai dar, mas, como o tempo cooperou, acredito que de uma boa safra” contou, afirmando que em cada colheita, fica com meio saco de feijão para seu consumo e, o resto, é vendido para comerciantes locais e da região.
No dia em que a reportagem esteve com seu Egon, estava colhendo o que ele diz ser o “feijão pinguim”, que é uma variedade que possui duas cores, sendo uma extremidade avermelhada e a outra branca. “Vendo muito desse”, disse.
Da mesma forma como outros produtores, Egon também aplica agrotóxicos na sua produção. “Sem isso não tem como produzir. Mas sempre usamos o produto específico para a planta e, também, respeitamos o tempo de aplicação para que, quando o feijão for colhido, não tenha mais veneno”, informou.
Outras culturas
“É um complemento para nossa renda”, disse o agricultor. Ele e a esposa ainda não estão aposentados e, além do feijão, também plantam algumas variedades de batatas que, da mesma forma, são comercializadas. “Hoje em dia não trabalhamos mais tanto quanto antigamente. Mudamos a forma de trabalhar, ficando de olho no mercado e nas variações que tem, para, assim, fazer vendas que dão lucro no final”, comentou, ressaltando que hoje em dia o maquinário ajuda muito na produção, sendo que no passado era tudo feito manualmente.
A colheita do feijão
A colheita depende da variedade cultivada e das condições de cultivo, sendo feita geralmente de 80 a 100 dias após a germinação. As vagens que se encontram secas podem ser colhidas manualmente em plantações muito pequenas.
Em plantações maiores, a colheita é realizada quando cerca de 90% das vagens se encontram secas, cortando ou arrancando as plantas, manualmente ou com o uso de máquinas específicas para isso. Também é possível colher antecipadamente, quando as vagens estão amareladas, e então deixar as plantas cortadas ou arrancadas secarem completamente ao sol.
Números de Herval
De acordo com o secretário da Agricultura, Jaime Morschel, Santa Maria do Herval tem de 80 a 100 produtores de feijão, o que resulta em cerca de 1.800 sacos por anos e, desses, 80% são feijão preto, o restante é feijão carioca ou amendoim.
Atualmente, o preço por saca do feijão preto é de R$ 180,00. Já o amendoim possui valor mais agregado, em torno de R$ 240,00.