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Ciclone causou inundação, mas não causou maiores estragos

13/07/2023 - 20h41min

Água atingiu mais de 4 metros acima do nível do leito

NÍVEL DO RIO SE APROXIMOU DAS CASAS DURANTE A MADRUGADA

POR GUILHERME SPERAFICO E RODRIGO THIEL

Lindolfo Collor – Foram horas de drama, preocupação e preparação para sair de casa, diante das consequências da passagem de um novo ciclone pelo Estado, com a iminente inundação do Arroio Feitoria. Felizmente desta vez, mesmo com a volumosa chuva que se somou à da última semana, as residências não chegaram a ser atingidas.
De acordo com a Defesa Civil do município, foram mais de 68 milímetros de chuva entre quinta e sexta-feira. Com isso, o nível do rio subiu bastante e atingiu a marca de 4 metros acima do nível do leito. O período mais crítico ocorreu por volta das 4 horas, quando o órgão alertou para o alagamento do bairro Nova Esperança, quando a água começou a chegar nas residências.
Com a ajuda de caminhões, famílias retiraram o que foi possível. A rua Guilherme Elwanger foi a que apresentou maior inundação, porém, com o passar das horas, o nível estabilizou e não chegou a causar maiores transtornos e a invadir as casas. Além da Nova Esperança, o nível do rio também assustou os bairros Centro, 48 Baixa e Capivarinha.

TEMOR PARA NÃO PERDER TUDO NOVAMENTE

Guilhermino Rodrigo da Silva deixou em casa apenas alguns pertences com receio de perder tudo mais uma vez

O drama e as perdas causadas pela enchente de 16 de junho ainda seguem na cabeça dos moradores de Lindolfo Collor. Um destes casos é o de Guilhermino Rodrigo da Silva, que mora na Rua Guilherme Elwanger.
Com medo de perder tudo pela segunda vez, desde a noite de quarta-feira, dia 12, ele começou a retirar alguns móveis e eletrodomésticos de sua casa, como geladeira, fogão, máquina de lavar, TV e cama. Tudo o que Guilhermino Rodrigo possui em casa foi doado por pessoas anônimas depois da enchente de junho.
Dentro de casa, temendo o pior, ficaram apenas alguns itens que não estragam caso a água entrasse e móveis que estão fixados na parede e em encanamentos. “Na outra vez, não deu tempo de tirar nada e acabamos perdendo tudo. Quando saímos, a água já estava batendo no peito. Agora, tiramos o que é de mais pesado e caro para não perder tudo duas vezes”, completa o morador.

Ponto com maior acumulo de água foi o bairro Nova Esperança

 

Água chegou perto do parque de máquinas da Prefeitura

Nível do rio chegou perto da estrada na Capivarinha

Área de escoamento ao lado da ponte da Av. Capivara ficou alagada

Por pouco o rio não atingiu as casas na 48 Baixa

 

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