Geral
Ciclone causou inundação, mas não causou maiores estragos
NÍVEL DO RIO SE APROXIMOU DAS CASAS DURANTE A MADRUGADA
POR GUILHERME SPERAFICO E RODRIGO THIEL
Lindolfo Collor – Foram horas de drama, preocupação e preparação para sair de casa, diante das consequências da passagem de um novo ciclone pelo Estado, com a iminente inundação do Arroio Feitoria. Felizmente desta vez, mesmo com a volumosa chuva que se somou à da última semana, as residências não chegaram a ser atingidas.
De acordo com a Defesa Civil do município, foram mais de 68 milímetros de chuva entre quinta e sexta-feira. Com isso, o nível do rio subiu bastante e atingiu a marca de 4 metros acima do nível do leito. O período mais crítico ocorreu por volta das 4 horas, quando o órgão alertou para o alagamento do bairro Nova Esperança, quando a água começou a chegar nas residências.
Com a ajuda de caminhões, famílias retiraram o que foi possível. A rua Guilherme Elwanger foi a que apresentou maior inundação, porém, com o passar das horas, o nível estabilizou e não chegou a causar maiores transtornos e a invadir as casas. Além da Nova Esperança, o nível do rio também assustou os bairros Centro, 48 Baixa e Capivarinha.
TEMOR PARA NÃO PERDER TUDO NOVAMENTE
O drama e as perdas causadas pela enchente de 16 de junho ainda seguem na cabeça dos moradores de Lindolfo Collor. Um destes casos é o de Guilhermino Rodrigo da Silva, que mora na Rua Guilherme Elwanger.
Com medo de perder tudo pela segunda vez, desde a noite de quarta-feira, dia 12, ele começou a retirar alguns móveis e eletrodomésticos de sua casa, como geladeira, fogão, máquina de lavar, TV e cama. Tudo o que Guilhermino Rodrigo possui em casa foi doado por pessoas anônimas depois da enchente de junho.
Dentro de casa, temendo o pior, ficaram apenas alguns itens que não estragam caso a água entrasse e móveis que estão fixados na parede e em encanamentos. “Na outra vez, não deu tempo de tirar nada e acabamos perdendo tudo. Quando saímos, a água já estava batendo no peito. Agora, tiramos o que é de mais pesado e caro para não perder tudo duas vezes”, completa o morador.