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“Confiei no Ronaldinho”, conta padeiro que perdeu R$ 77 mil em pirâmide financeira
Foi divulgada nesta terça-feira (24), uma reportagem do portal de notícias Uol, sobre investigações da empresa 18K Ronaldinho, suspeita de ser uma pirâmide financeira. A matéria aponta uma série de depoimentos de clientes lesados, afirmando que confiaram na palavra de Ronaldinho Gaúcho, acreditando que ele não ligaria sua imagem a algo que não fosse confiável.
Um dos casos apresentados é o do padeiro Carlos André da Silva Costa, de 28 anos, morador de Rondonópolis, no Mato Grosso. O homem afirma ter depositado todas as suas economias e feito três aportes de R$ 48 mil. Carlos conseguiu sacar parte do valor, com rendimentos que haviam sido prometidos pela empresa, mas restam cerca de R$ 77 mil bloqueados que não são possíveis ser sacados.
Carlos contou que ficou sabendo da 18k pela internet, mas não esperava o desfecho infeliz. “O povo começou a falar, e eu admirava demais o Ronaldinho, sempre fui fã do cara, gostava do futebol dele. E como ele estava no projeto, confiei nele. Eu achava que era uma coisa legal, nunca pensei que fosse um golpe”, afirmou em entrevista.
EX-JOGADOR ROMPE COM A EMPRESA
Desde outubro, a 18k é investigada pelo Ministério Público por indícios de ser uma pirâmide financeira. A empresa, que inicialmente comercializava produtos, passou depois a incentivar que seus clientes fizessem aportes, afirmando que os investimentos seriam em criptomoedas.
Desde que passou a ser investigada, o ex-jogador anunciou seu rompimento com a 18k, que era divulgada como 18k Ronaldinho, tendo sua imagem ligada à empresa. Sua saída levou diversos clientes a tentarem sacar seus investimentos, mas não tiveram sucesso.
De acordo com o advogado que representa Ronaldinho, Sergio Queiroz, o ex-jogador também se diz lesado pela 18k e afirma que não teria autorizado o envolvimento de seu nome em operações com criptomoedas. Ouvido pelo Ministério Público, Ronaldinho disse que era apenas o garoto-propaganda e que seu contrato só permitia à 18k vender relógios e outros produtos.
Já a 18k, que hoje atende pelo nome de 18k World, afirmou através do advogado Gabriel Villarreal que “a empresa já prestou os devidos esclarecimentos aos participantes através de seus comunicados oficiais”, além de negar que houvessem investimentos em criptomoedas.
Créditos: UOL