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Conheça o ivotiense que vai cruzar a América do Sul em um Ford Ka
Ivoti – Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela e costa brasileira. Esta é a jornada a qual Gustavo Blume, de 26 anos, se preparou durante quase um ano para ter uma grande experiência de vida. Ele partiu nesta semana para uma viagem de oito meses pela América do Sul, saindo de Ivoti com o objetivo de contornar todo o continente.
A viagem por si só já chama atenção, mas há um ingrediente especial na forma como será realizada. Gustavo fará a sua jornada a bordo de “companheiro” muito especial. Ele irá acompanhado de seu Ford Ka, modificado nos últimos dias, justamente para a aventura latina do ivotiense.
A ideia é um sonho antigo do morador, que planejou inicialmente que a viagem fosse de outra forma. “Eu sempre quis fazer isso de moto. Se a viagem fosse de um mês até daria. Mas como vai ser mais longa, querendo ou não ainda vai ser trabalhoso, mas de carro tem mais conforto e segurança”, comentou Blume.
Gustavo destaca os principais valores que lhe são relevantes nesta aventura inusitada. “Me planejei para a viagem por muito tempo. Vou voltar sem dinheiro algum, mas com inúmeras experiências na bagagem. Isso não tem o que pague”, apontou Gustavo. Esta busca por vivência é um dos principais fatores motivacionais na jornada do ivotiense. “Nessa viagem, quero conhecer pessoas, lugares e também me autoconhecer”, completou.
Companheiro de viagem
Para a aventura, Gustavo teve de fazer algumas alterações no seu Ford Ka, comprado em 2018 para ser utilizado a trabalho, quando era representante comercial de uma empresa de Ivoti. “Meu carro virou um ‘mini motorhome’. Por dentro eu modifiquei praticamente tudo nele. Tirei bancos e coloquei uma cama e caixas organizadoras, para guardar minhas coisas”, comentou o dono do Ka.
O amanhã pouco importa para Gustavo, mas ele sabe da relevância da viagem para a sua vida e o papel do seu “companheiro” nela. Tanto que, questionado sobre o que fará com o veículo quando retornar a Ivoti, não pensa duas vezes: “Depois da viagem, a minha ideia é manter o Ka. Ele vai representar uma história na minha vida. Não tem como me separar dele depois de tudo que vamos viver”, destacou Blume.
No fim do mundo
Saindo do Brasil, um dos primeiros destinos desejados por Gustavo para conhecer é a região do Ushuaia, no extremo sul do continente, local conhecido como Estreito de Magalhães. O nome de um dos principais museus da província já deixa claro onde o ivotiense visitará: Museo del Fin del Mundo. Após, ele subirá pelo Chile em direção à capital Santiago. “Pretendo dar toda a volta na América do Sul. Quando entrar no Brasil, dependendo de como eu estiver de dinheiro, quero fazer a volta pelo litoral”, contou Gustavo.
Aventura na veia
O espírito aventureiro já persiste há anos no ivotiense, que está acostumado a viajar pela região e pelo Estado. “Parei de contar quando visitei 160 cachoeiras aqui no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Também já fui para o Uruguai, por isso não vou passar por lá desta vez”, concluiu Blume.
Em casa
Conforme o ivotiense, a reação dos familiares e amigos próximos foi positiva com a notícia de que estava preparando a aventura. “Quando falei para minha mãe, ela me apoiou de cara, assim como meus amigos, que conhecem minha atitude meio compulsiva. Disse que era um sonho dela também. Meu pai ficou receoso, mas já está mais tranquilo”, disse Gustavo.
Entretanto, ele deixou bem claro que presentinhos das viagens não são algo que ele trará de volta ao Brasil. “Já falei para meus amigos e família que não vai ter lista de presentes quando voltar. Porque é tudo economia. Pretendo gastar o mínimo possível”, brincou Blume.
Siga no Instagram
Toda a viagem de Gustavo pela América do Sul será registrada e compartilhada pelo Instagram. Quem quiser acompanhar a jornada do ivotiense, pode segui-lo através do perfil @ka.estou. “Criei o perfil para divulgar a viagem e também incentivar o pessoal a fazer isto. O que mais tem na minha rede social são pessoas mandando mensagem dizendo que é legal a minha ideia, mas que elas não têm coragem para fazer estas viagens. Eu queria que as pessoas tivessem mais atitude de fazer o que elas têm vontade”, finalizou Gustavo.