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Corpo do caxiense morto na China ainda não foi oficialmente reconhecido

24/07/2019 - 15h42min

O corpo do caxiense  Leonardo Cláudio da Rosa, 23 anos, encontrado morto na  China, ainda não foi reconhecido oficialmente. Leonardo foi encontrado morto na cidade de Chongqing no dia 14 e a confirmação da morte ocorreu no dia seguinte, por meio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Itamaraty. A família do jovem autorizou, por procuração, um amigo dele, que está no país asiático, a verificar a identidade do estudante para que o corpo possa ser transladado para o Brasil. O documento foi encaminhado ainda no dia 18, mas até o momento ainda não foi possível realizar a identificação, de acordo com a mãe do jovem, Rosane de Souza Teixeira.

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Desde então, a família conta com o apoio do Itamaraty, que está em contato com as autoridades policiais do país para obter informações sobre o caso, e conseguir liberar o corpo do universitário depois do reconhecimento. Rosane ressalta que se sente amparada pela embaixada brasileira na China:

— Converso todos os dias com a embaixada e eles têm interpretes lá, já que o primeiro entrave é a língua. A polícia chinesa é muito fechada, eles também ficaram chocados com o caso, e aos poucos estão se abrindo e conversando sobre as investigações.

Ela conta que a família está angustiada à espera da liberação do corpo, que depende do reconhecimento:

— Estou vivendo um filme de terror. É um pesadelo constante. Ainda não reconheceram o corpo, não há uma data para isso acontecer, e por mais que eu saiba que é ele, o fato de não ter reconhecimento, me dá esperança. Ainda tenho esperança de que tudo seja um grande engano. Me sinto dentro daqueles filmes de investigação, quando a mãe procura pelo filho desesperadamente e não o encontra. Eu queria acordar.

Emocionada, diz que o filho viverá para sempre em suas lembranças:

— Estou chateada, triste, magoada, arrasada, não sei nem o que estou sentindo. Esse é o momento mais difícil da minha vida. Meu filho tinha muito para fazer, para viver, tinha tanto potencial. Ele fez coisas fantásticas que vão ficar para sempre no meu coração e da nossa família.

Rosane ressalta que os familiares também estão angustiados à espera de notícias.

— Todos estão preocupados e querem saber quando o corpo será liberado, mas não temos essa informação. Estou me conformando aos poucos com a partida dele. Busquei ajuda espiritual porque tenho que seguir em frente pela minha filha, meu esposo e minha família — se emociona.

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Leonardo cursava Licenciatura em Letras e, há cerca de um ano, teria ganho uma bolsa de estudos na Communication University of China. O intercâmbio é promovido por uma parceria da UFRGS com o Instituto Confúcio, instituição vinculada ao Ministério de Educação da China, que tem o objetivo de promover a língua e a cultura chinesa pelo mundo. Segundo amigos, Leonardo teria afirmado, por meio de mensagens de WhatApp, que estava recebendo diversas mensagens de ódio nas redes sociais. Ele era engajado na causa LGBT.

O estudante era criado desde criança pelo padrasto Mário do Amaral Teixeira e pela mãe Rosane de Souza Teixeira – o pai do rapaz já é falecido. Mãe e filho residiam no bairro São José, em Caxias do Sul, nos anos 1990 e mudaram-se para Canoas quando tinha ele quatro anos.

Fonte: Pioneiro

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