Geral
Depois de dois meses com saldos negativos, região volta a empregar
Por Geison Concencia
Depois do Estado viver a maior crise climática e humanitária em sua história recente, devido às enchentes do mês de maio, que deixaram um rastro de destruição, levando casas e empregos de milhares de gaúchos, o Rio Grande do Sul começa a dar certos sinais de retomada. De maneira gradativa, a economia apresenta sinal de melhora, conforme mostra o painel do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), referente ao mês de julho.
No mês de julho, o saldo de empregos registrou 158 vagas abertas nos 11 municípios de cobertura do Jornal O Diário – Dois Irmãos, Estância Velha, Ivoti, Lindolfo Collor, Presidente Lucena, Linha Nova, São José do Hortêncio, Morro Reuter, Santa maria do Herval, Nova Petrópolis e Picada Café.
Esse valor é resultante das 2353 contratações, contra 2195 demissões.
Nos municípios da Encosta da Serra, indústria, construção e comércio registraram mais contratações do que demissões, em média.
No mês de junho, quando o Rio Grande do Sul ainda passava pelo trauma da enchente, foram 1882 admissões, contra 1900 demissões, resultando em saldo de -18. Em maio, durante as enchentes, os saldos foram ainda piores, com -300.
A geração de empregos começa dar amostras de recuperação em alguns setores econômicos. O problema é a mão de obra, segundo empresários. Conforme o proprietário da empresa Pele e Cor, Gilberto da Silva Oliveira, de Estância Velha, atualmente, ele oferece seis vagas de emprego. Mas, até o momento, não recebeu nenhum currículo.
“ A nossa dificuldade hoje é mão de obra. Não tem. Porém, serviço e trabalho têm. Há oito anos essa empresa vende mais que produz. Há seis anos, vem faltando mão de obra, mão de obra, mão de obra. E agora a gente aumentou, fez pavilhão novo e definitivamente não tem. Tem seis vagas hoje, a profissional e o salário não é ruim. Mas nenhum currículo. Portanto, não tem como produzir. Ou seja, só não cresce mais. Vou ter que estagnar o negócio, estancar ele porque não tem mão de obra”, explica Oliveira.