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Deslocamentos das equipes de saúde são debatidos na Câmara

03/11/2018 - 19h21min

Nova Petrópolis – Em comunicado enviado à Câmara de Vereadores nesta semana, a Secretaria Municipal da Saúde comunicou que estuda possibilidades de alterar a rotina de deslocamento de seus profissionais para os postos de saúde do interior. A medida, que visaria reduzir os custos da Prefeitura com transporte, foi apresentada junto com a resposta a um pedido de informações da vereadora suplente Elisangela Flesch (MDB), sobre os deslocamentos no horário de almoço da equipe de saúde do Pinhal Alto.

Durante 30 dias em que assumiu, Elisangela questionou o Executivo sobre a necessidade da equipe se deslocar do Pinhal Alto até o centro para o almoço, usando um veículo público.

Em resposta, a Prefeitura informou que cada unidade de saúde dispõe de um veículo para os deslocamentos, pois, não raro, o atendimento se dá em domicílio. Como só três postos de saúde são cercados, por medida de segurança optou-se por deixar os veículos na sede durante a noite. “Entendeu-se que autorizar os servidores habilitados a conduzir os veículos seria a alternativa viável para a continuidade da prestação de serviços, ficando os veículos à disposição dos postos de saúde”, diz ofício assinado pelo prefeito Regis Hahn.

Além disso, conforme o documento, todas as manhãs os funcionários do interior retiram da Secretaria da Saúde documentos, medicamentos e insumos necessários ao atendimento. O transporte no horário de almoço também seria usado para encaminhamento de pacientes às cidades de referência e o deslocamento de equipes de apoio, como psicólogos, pediatras e dentistas de 20 horas, que não permanecem o dia todo no mesmo lugar.

ESTUDO

Atualmente a Secretaria da Saúde tem 167 funcionários, incluindo médicos, enfermeiros, dentistas, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, monitores de abrigamento, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos, farmacêuticos, fisioterapeutas, agentes comunitários de saúde, agentes de endemias, fiscais sanitários e auxiliares. Eles estão distribuídos em oito equipes de atenção primária. O modelo foi instituído há 18 anos. “Já é parte dos estudos, desde 2017, uma reforma mais econômica de gestar o atendimento, de forma a usar menos os veículos, mas sem prejuízos ao atendimento”, destaca o ofício.

POSIÇÕES

Durante a sessão de segunda-feira, 29, vereadores como Carlos Simon (PSDB), Nei Schneider (PSDB) e Liriane Kintschner (PSB) se manifestaram favoráveis ao modelo em uso.  “Se existe essa demanda, é porque o ir e vir se faz necessário”, disse Liriane na tribuna. “O nosso município optou por um sistema da Estratégia de Saúde da Família, com vários postos de saúde, inclusive um sendo construído em Linha Imperial. Há municípios que têm apenas um posto central. Nosso município pretendeu ter o posto de saúde e, para manter isso, precisa assumir os encargos”, disse o líder de governo, Jerônimo Stahl Pinto (PDT). “É uma situação delicada e como diz na resposta, precisa de uma análise, não só no Pinhal Alto, mas em todas as unidades distantes”, acrescentou. “Se houver onde reduzir, isso tem que ser feito”, disse Daniel Michaelsen (MDB).

Municipalização da ERS-235

Na sessão de segunda-feira, Kátia Zummach (PSDB) apresentou um pedido de informações solicitando saber se a atual administração tem interesse em municipalizar os trechos urbanos da ERS-235 e se já houve tratativas sobre o assunto. “Já falamos muito sobre esse tema, mas ainda faltam informações”, disse Kátia, defendendo a municipalização. “Poderíamos pleitear verbas federais e dar um retorno melhor para a comunidade. O município teria que arcar, mas talvez isso seria o mais adequado, para não depender sempre da EGR ou da iniciativa privada”, acrescentou. De acordo com a vereadora, 21 trechos urbanos foram cedidos a municípios gaúchos no início de 2018.

Nei Schneider, do mesmo partido de Kátia, disse que é totalmente contra a ideia de municipalização da rodovia. Segundo ele, o município não pode deixar suas próprias prioridades de lado para assumir uma responsabilidade do Estado. “Todas as comunidades do interior estão esperando que suas ruas sejam pavimentadas e aí vamos gastar com uma estrada do Estado?”. Nei ganhou o apoio de Liriane Kintschner.

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