Desrespeito com quem paga: em Nova Petrópolis, ônibus usam vagas do rotativo sem pagar

Nova Petrópolis – A extensão da Avenida XV de Novembro entre a sinaleira e a Rua Coberta, ao lado da Praça Das Flores, é quase inteiramente dedicada ao uso de ônibus e vans de turismo, onde não há cobrança de estacionamento rotativo. No entanto, o que se tem visto nos finais de semana é a utilização incorreta por parte dos ônibus, que ocupam vagas de carros e motos do estacionamento rotativo sem pagar nada.

No último domingo, 10, por volta das 10h30, um dos lados da rua Sete de Setembro, ao lado da praça, estava completamente ocupada por ônibus. Alguns ainda estavam estacionados nas ruas Rui Barbosa e Frederico Michaelsen. Os ônibus usavam de duas a três vagas de carros, além de todas as vagas disponíveis para motos ao lado da Praça das Flores. Todos sem pagar a tarifa que os demais motoristas pagam.

Motorista faz pagamento no parquímetro enquanto ônibus usam as vagas sem pagar (Créd.: Dário Gonçalves)

Infração de trânsito

Questionada, a Prefeitura disse que os ônibus não podem estacionar nas vagas do estacionamento rotativo. Quando estacionam, caracteriza-se infração de trânsito. A Prefeitura também foi questionada se motociclistas podem colocar suas motos em vagas de carros, uma vez que tiveram todos os seus espaços ocupados por ônibus. No entanto, a resposta também foi negativa. “Carro em vaga de moto, ou o contrário, também caracteriza infração de trânsito. Em ambos os casos, deve ser acionada a autoridade de trânsito, via 190 da Brigada Militar, que aciona os agentes municipais de trânsito” respondeu a assessoria de imprensa da Prefeitura.

Por fim, a Administração disse que Nova Petrópolis conta com apenas dois agentes de trânsito e a sua escala não cobre todos os dias e horários da semana.

Veículo na vaga para idoso, invadindo espaço para motos também é infração (Créd.: Dário Gonçalves)

O que diz a Zona Azul

O Diário procurou a Zona Azul, através do supervisor responsável pela empresa no município, Denis, para que pudesse comentar a situação. No entanto, a exemplo de outras vezes que o jornal tentou contato, também não houve respostas. Os mesmos questionamentos feitos à Prefeitura foram enviados ao supervisor antes mesmo de terem sido repassados à Administração.